Não sabe governar quem a todos quer contentar

Não sabe governar quem a todos quer contentar.

Um governante ou líder que tenta satisfazer todas as pessoas não consegue tomar decisões firmes; liderar exige escolhas e prioridades.

Versão neutra

Quem procura agradar a todos não sabe governar.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Use-o para criticar decisões excessivamente conciliadoras que impedem ação eficaz, sobretudo em contextos de liderança, gestão ou governação. Também serve para alertar contra a paralisia por consenso.
Significa que nunca se deve ouvir as pessoas?
Não. O provérbio não rejeita a consulta nem o diálogo. Sublinha que ouvir é diferente de tentar agradar a todos até perder a capacidade de decidir.
Pode ser interpretado como defesa de autoritarismo?
Pode ser citado por defensores de decisões firmes, mas o provérbio não exige autoritarismo; sugere equilíbrio entre responsabilidade e legitimidade.

Aplicável a contextos de governação, gestão empresarial, direção de equipas e decisões familiares.
Expressa uma crítica à busca de consenso a todo o custo quando isso impede ação clara e eficaz.
Não proíbe a consulta e o diálogo: sugere que a tentativa de agradar a todos torna a liderança ineficaz.
Tomar decisões impopulares por razões de bem comum é muitas vezes necessário; o provérbio valoriza responsabilidade sobre agradabilidade.

O novo diretor quis satisfazer todas as equipas e, no fim, atrasou a implementação do projeto; não sabe governar quem a todos quer contentar.
Num executivo municipal, decidir sobre cortes de despesa implicou escolhas difíceis: evitar decisões para não desagradar grupos só prolongou os problemas.
Numa família, se os pais cedem sempre para evitar conflitos, acabam por perder autoridade e não conseguem orientar as crianças.

Construir consenso pode aumentar a legitimidade das decisões e reduzir resistência; nem toda busca de acordo é prejudicial.
Lideranças autoritárias tomam decisões eficazes mas podem ignorar conhecimentos e necessidades relevantes — há um equilíbrio entre decisão e inclusão.
Em sociedades plurais, a consulta ampla e a comunicação transparente mitigam o custo de decisões impopulares e reforçam a confiança.