Quem não sabe fingir, não sabe governar

Quem não sabe fingir, não sabe governar.
 ... Quem não sabe fingir, não sabe governar.

Afirma que a capacidade de dissimular, moderar ou adaptar a própria expressão é considerada necessária para exercer o poder ou liderar com eficácia.

Versão neutra

Quem não sabe moderar a sua expressão ou adaptar-se em público terá dificuldades em governar.

Faqs

  • O que exactamente quer dizer este provérbio?
    Diz que, na prática da governação, é frequentemente necessário adaptar a expressão pública, ocultar reações ou moderar posições; sem essa capacidade, seria mais difícil gerir o poder e as relações políticas.
  • É uma recomendação ética para líderes fingirem?
    Não necessariamente. É mais uma observação pragmática sobre a realidade política. Muitos criticam a ideia, defendendo que a transparência e a integridade devem prevalecer sobre a dissimulação.
  • Só se aplica à política?
    Não. Aplica-se a funções de liderança em geral — empresas, instituições e mesmo relações sociais — onde a capacidade de gerir a imagem e as expectativas é útil.

Notas de uso

  • Usado frequentemente em contexto político e de liderança para justificar diplomacia e contenção pública.
  • Pode aparecer em tom irónico ou crítico, apontando para a hipocrisia necessária na governação.
  • Não implica que a desonestidade seja moralmente correcta; refere-se mais à prática de gerir relações e expectativas públicas.

Exemplos

  • Na campanha, ouviu o conselho dos colegas: quem não sabe fingir, não sabe governar — por isso deixou as críticas mais duras para as reuniões internas.
  • Como ministro, aprendeu a conter as reacções imediatas; os observadores comentavam que, no governo, quem não sabe fingir, não sabe governar.

Variações Sinónimos

  • Quem não sabe dissimular, não sabe governar
  • Para governar é preciso saber fingir
  • Quem não sabe adaptar-se, não há de governar

Relacionados

  • A política é a arte do possível (frase de Bismarck, frequentemente citada em contexto similar)
  • Nem tudo o que se pensa se diz

Contrapontos

  • Valoriza-se a transparência e a autenticidade: líderes honestos que não fingem também podem governar eficazmente.
  • Argumenta-se que fingir demais conduz à perda de confiança pública e a decisões eticamente questionáveis.

Equivalentes

  • espanhol
    Quien no sabe fingir, no sabe gobernar.
  • inglês
    He who cannot feign cannot govern / He who cannot play a part cannot rule.
  • francês
    Qui ne sait pas feindre, ne sait pas gouverner.
  • alemão
    Wer nicht heucheln kann, kann nicht regieren.

Provérbios