Não suba o sapateiro além da chinela.

Não suba o sapateiro além da chinela.
 ... Não suba o sapateiro além da chinela.

Não te excedas além das tuas capacidades, lugar ou autoridade; não presumas para além do que te é devido.

Versão neutra

Não ultrapasses as tuas competências nem o teu papel.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Usa-se para advertir ou aconselhar alguém que está a assumir responsabilidades, autoridade ou comportamentos superiores às suas competências ou posição. Em contextos formais, opte por uma formulação mais neutra.
  • Este provérbio é ofensivo?
    Pode ser percebido como condescendente ou que limita ambições, especialmente se dirigido a pessoas de classes ou profissões menos valorizadas. Use-o com prudência e situacionalmente.
  • Tem origem histórica documentada?
    Não há registo preciso da sua origem. É um provérbio popular português cuja imagem (sapateiro/chinela) reflete referências quotidianas e hierárquicas tradicionais.
  • Há alternativas neutras para o dizer?
    Sim. Exemplos: «Não ultrapasses as tuas competências», «Age dentro das tuas responsabilidades».

Notas de uso

  • Usa-se para advertir alguém que está a comportar-se como se tivesse mais poder, competência ou status do que realmente possui.
  • Tomar o provérbio ao pé da letra é descontextualizado — trata-se de metáfora sobre limites pessoais, profissionais e sociais.
  • Em contextos formais, pode soar condescendente; recomenda-se cuidado no tom, especialmente em relações hierárquicas ou sensíveis.
  • Pode ser usado tanto em crítica direta como em conselho preventivo.

Exemplos

  • Quando começou a dar ordens aos colegas sem ter competência para tal, o chefe murmurou: «Não suba o sapateiro além da chinela.»
  • Se não tens experiência em contabilidade, não te comprometas a gerir as finanças da associação — não subas o sapateiro além da chinela.
  • Em vez de assumir responsabilidades para as quais não estás preparado, pede apoio: é melhor reconhecer limites do que arriscar um erro caro.

Variações Sinónimos

  • Cada macaco no seu galho.
  • Cada um no seu ofício.
  • Corta o teu pano segundo o teu saco.
  • Não te metas em camisa que não te cabe.

Relacionados

  • Cada macaco no seu galho
  • Corta o teu pano segundo o teu saco
  • Quem muito quer, pouco alcança (parcialmente relacionado)

Contrapontos

  • Pode desencorajar iniciativa e ambição legítima — exigir limites rígidos impede mobilidade e aprendizagem.
  • Usado com frequência pode reforçar hierarquias e justificar exclusões sociais ou profissionais.
  • Nem sempre se aplica: assumir riscos calculados fora da zona de conforto é necessário para progresso individual e colectivo.

Equivalentes

  • Inglês
    Don't get above your boots. / Don't bite off more than you can chew.
  • Espanhol
    No te metas en camisa de once varas. / Cada cual en su oficio.
  • Francês
    Il ne faut pas se croire sorti de la cuisse de Jupiter. (sentido próximo: não te excedas)