Ninguém vê a tranca no seu olho, e todos vêem a palhinha no do vizinho.
Critica a hipocrisia de identificar defeitos alheios sem reconhecer os próprios.
Versão neutra
Não repara nos teus próprios defeitos e destaca os defeitos alheios.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
Deriva de um ensinamento de Jesus no Sermão da Montanha (Mateus 7:3–5); as imagens de 'trave' e 'palha' foram adaptadas em variantes populares. - Quando devo usar este provérbio?
Quando se quer apontar hipocrisia ou falta de autocrítica de alguém que critica os outros, mas sem usar‑o como ataque gratuito. - É ofensivo usá‑lo contra alguém?
Pode ser recebido como acusatório. Melhor aplicar em contextos onde se pretende promover reflexão pessoal, ou de forma construtiva.
Notas de uso
- Usa‑se para apontar comportamentos hipócritas, especialmente quando alguém critica os outros sem autoavaliação.
- É tipicamente utilizado em contexto moral ou ético, familiar e profissional, para incentivar autocrítica.
- Tom de reprovação: pode ser percebido como acusatório; convém usar com cuidado para não inflamar a discussão.
- Não invalida que se façam críticas justificadas a outrem — sublinha antes a necessidade de coerência pessoal.
Exemplos
- Quando ela deu uma longa lista de falhas do colega sem reconhecer os próprios erros, alguém lhe murmurou: 'Ninguém vê a tranca no seu olho...'.
- O gerente criticou o atraso dos subordinados, mas esqueceu‑se de que também costuma chegar tarde; os empregados lembraram‑lhe o provérbio.
Variações Sinónimos
- Vês a palha no olho do vizinho e não vês a trave no teu.
- Vês a palhinha no olho alheio e não a trave no teu próprio.
- Por que reparas na palha do outro e não na viga do teu olho? (variação bíblica)
- Quem tem telhados de vidro não atira pedras (relacionado em sentido de hipocrisia).
Relacionados
- Quem tem telhado de vidro não deve atirar pedras
- Antes de apontar o dedo, conta até três (admoesta à prudência)
- Aquele que não tem pecado que atire a primeira pedra (referência bíblica/contextual)
Contrapontos
- Nem toda crítica a outrem é hipócrita: se alguém põe em risco terceiros, é legítimo chamar a atenção mesmo sem desculpas pessoais.
- O provérbio apela à autoavaliação, mas não substitui a responsabilidade coletiva ou institucional por problemas evidentes.
- Em contextos profissionais, críticas objetivas e documentadas são necessárias, independentemente das imperfeições pessoais do crítico.
Equivalentes
- Inglês
You see the speck in your brother's eye but fail to notice the log in your own eye. - Espanhol
Ves la paja en el ojo ajeno y no la viga en el tuyo. - Latim (Vulgata)
Quid vides festucam in oculo fratris tui, substrutam autem in tuo non consideras? - Francês
Tu vois la paille dans l'œil de ton frère et tu ne vois pas la poutre dans le tien.