No mal que teu vizinho não sabe, não tens parte.

No mal que teu vizinho não sabe, não tens parte. ... No mal que teu vizinho não sabe, não tens parte.

Se não tens conhecimento do infortúnio ou do acto do outro, não és responsável nem partilhas desse mal.

Versão neutra

Não és responsável pelo mal do teu vizinho se não tiveste conhecimento dele.

Faqs

  • Significa que não devo preocupar‑me com os problemas dos outros?
    Não necessariamente. O provérbio refere‑se à ausência de responsabilidade ou culpa quando não se teve conhecimento do mal. Não prescreve a indiferença perante quem precisa de ajuda, sobretudo quando é possível agir.
  • Posso usar este provérbio como defesa legal?
    A falta de conhecimento pode ser relevante na avaliação de responsabilidade, mas não é uma defesa automática. A lei pode impor deveres de diligência ou obrigação de denunciar que tornam a ignorância insuficiente.
  • Em que situações sociais é comum ouvir este provérbio?
    É frequente quando alguém é acusado de cumplicidade ou negligência e quer enfatizar que não tinha conhecimento dos factos; também surge em conselhos para não se intrometer em assuntos alheios.

Notas de uso

  • Usa‑se para afirmar inocência ou falta de responsabilidade quando alguém não tinha conhecimento de um acto ou problema alheio.
  • Aplica‑se em contextos sociais e familiares para desencorajar a intromissão em assuntos que não nos dizem respeito.
  • Não deve ser usado como justificação automática para não ajudar alguém que está a sofrer, sobretudo quando há possibilidade de intervenção.
  • Em termos legais, a falta de conhecimento pode mitigar responsabilidade, mas não a elimina em todos os casos (por exemplo, omissão perante dever de agir).

Exemplos

  • Quando se soube do desfalque na empresa, Maria disse: «No mal que teu vizinho não sabe, não tens parte», porque nunca teve acesso nem participação nas contas.
  • O funcionário tentou justificar que não avisou o chefe sobre o perigo: «Eu não sabia — no mal que o meu vizinho não sabe, não tenho parte», mas a direcção avaliou se devia ter agido.

Variações Sinónimos

  • O mal que o vizinho sofre e que tu não conheces não te pertence.
  • O que não sabes não te incumbe.
  • Não te metas no que não te diz respeito.

Relacionados

  • Não ponhas a mão no fogo por ninguém.
  • Cada um por si e Deus por todos.
  • Quem cala consente (contraponto em alguns contextos).
  • Longe dos olhos, longe do coração (sentido próximo no que toca a distanciamento).

Contrapontos

  • Ignorar o sofrimento alheio por não o conhecer pode ser eticamente problemático quando se tem possibilidade de ajudar.
  • Nos sistemas legais, a ignorância nem sempre exonera responsabilidade, especialmente perante deveres específicos de prevenção ou denúncia.
  • O que não se sabe pode, por fim, afectar‑nos (por exemplo, riscos de saúde ou financeiros) — a expressão não é um conselheiro universal.

Equivalentes

  • inglês
    You are not responsible for your neighbour's misfortune if you were unaware of it.
  • espanhol
    En el mal que tu vecino no sabe, no tienes parte.
  • francês
    Du mal que ton voisin ignore, tu n'as pas part.