Nunca digas: deste pão não comerei, desta água não beberei.

Nunca digas: deste pão não comerei, desta água  ... Nunca digas: deste pão não comerei, desta água não beberei.

Não faças promessas ou recusas definitivas — as circunstâncias mudam e o que hoje rejeitas pode ser necessário amanhã.

Versão neutra

Não afirmes categoricamente que nunca farás ou aceitarás algo; as circunstâncias podem vir a mudar.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    É apropriado quando se quer advertir alguém contra decisões tomadas com excesso de certeza ou quando se aconselha a manter flexibilidade perante o futuro.
  • O provérbio encoraja a falta de princípios?
    Não necessariamente; recomenda prudência e humildade perante o imprevisível, mas não justifica quebrar princípios éticos ou obrigações legais.
  • Posso usar este provérbio em contextos formais?
    Sim, em textos de reflexão, aconselhamento ou crónicas, mas em contextos académicos ou jurídicos prefira linguagem direta e precisa.

Notas de uso

  • Registo: informal a semi‑formal; apropriado em conversas, textos de aconselhamento e colunas de opinião.
  • Função: advertência e conselho prudencial — lembra a humildade perante o futuro.
  • Tom: pode ser usado de forma pedagógica (ensinar flexibilidade) ou irónica (quando alguém garante algo com demasiada certeza).
  • Evitar usar para justificar violação de princípios éticos ou compromissos sérios; o provérbio sugere flexibilidade, não desonestidade.

Exemplos

  • Quando Francisco jurou que nunca voltaria a trabalhar naquela empresa, todos lembraram‑lhe: 'Nunca digas: deste pão não comerei, desta água não beberei' — a vida dá voltas.
  • Maria recusou a oferta de ajuda, dizendo que jamais aceitava favores; mais tarde, perante dificuldades, acabou por aceitar — provando o velho ditado: 'Nunca digas: deste pão não comerei, desta água não beberei.'
  • Antes de desprezares uma oportunidade por princípio, pensa bem — este provérbio aconselha prudência face a decisões absolutas.

Variações Sinónimos

  • Nunca digas nunca.
  • Deste pão não comerei, desta água não beberei.
  • Não digas que não, antes de veres o futuro.

Relacionados

  • O homem propõe, Deus dispõe.
  • A vida dá muitas voltas.
  • Não se pode dizer de água, nem vinho, até que prove.

Contrapontos

  • Há situações em que uma recusa absoluta é legítima: alergias alimentares e questões de saúde.
  • Princípios morais ou éticos firmes (por exemplo, não compactuar com injustiças) justificam recusas definitivas.
  • Compromissos legais e contratuais não devem ser quebrados com base neste aconselhamento de flexibilidade.

Equivalentes

  • Inglês
    Never say never. (Literal: 'Don't say you'll never eat that bread or drink that water.')
  • Espanhol
    Nunca digas nunca / 'De este pan no comeré, de esta agua no beberé.'
  • Francês
    Ne dis jamais 'je ne mangerai pas ce pain, je ne boirai pas cette eau.' (équivalent: 'Il ne faut jamais dire jamais')
  • Alemão
    Sag niemals niemals. (Equivalente coloquial: 'Niemals sagen')