O acaso não é senão a causa ignorada de um efeito conhecido.

O que se chama acaso é, na prática, uma causa que ainda não identificámos; encoraja a investigação em vez de aceitar a aleatoriedade.

Versão neutra

O acaso é simplesmente a causa que ainda não conhecemos para um determinado efeito.

O provérbio significa que tudo tem uma causa?
Significa sobretudo que, em muitos casos, o que chamamos 'acaso' resulta de causas que desconhecemos. Não é uma prova metafísica de que tudo tem causa, mas uma orientação epistemológica para procurar explicações.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao incentivar investigação ou análise quando algo parece aleatório — por exemplo, em ciência, investigação criminal ou análise de falhas — para evitar aceitar explicações por 'azar'.
Pode este provérbio ser enganador?
Sim, se usado para negar a existência de eventos verdadeiramente aleatórios ou para justificar teorias sem evidência. Deve ser aplicado com cautela e critério.

Usa-se em contextos científicos, filosóficos e quotidianos para sublinhar a procura de causas em vez de atribuir tudo ao acaso.
Pode ser empregado de forma crítica: para recordar que ‘azar’ muitas vezes resulta de lacunas no conhecimento ou na análise.
Não implica rejeição de fenómenos verdadeiramente aleatórios (ex.: alguns limites da física quântica); é uma regra prática para investigação.
Evitar usar como justificação para determinismo extremo — trata-se de uma perspetiva epistemológica, não necessariamente metafísica.

O detetive explicou que o que parecia sorte no crime era, na verdade, uma sequência de causas que faltavam investigar: o acaso não é senão a causa ignorada de um efeito conhecido.
Num laboratório, o investigador recusou atribuir o resultado inesperado ao acaso e começou a procurar variáveis não controladas.
Quando o projeto falhou, a equipa deixou de culpar o azar e fez uma auditoria para identificar causas desconhecidas.

Alguns fenómenos são verdadeiramente aleatórios dentro da teoria quântica e não têm causa determinável.
Afirmações estatísticas sobre probabilidade mostram que eventos raros ocorrem sem causa simples reconhecível.
Atribuir sempre causas desconhecidas pode levar a excesso de interpretação ou a teorias conspirativas.