O bem que se faz por temor, não tem duração, nem valor

Actos de bondade motivados pelo medo ou pela obrigação não são genuínos nem duradouros.

Versão neutra

Os actos de bondade motivados pelo medo não são genuínos nem duradouros.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Use-o ao discutir a autenticidade das acções e a diferença entre actuar por convicção versus por medo ou obrigação.
Este provérbio condena todas as regras e punições?
Não: aponta que a coerção produz conformidade momentânea, mas não transforma valores; sancionar pode ser necessário para proteger terceiros.
Como aplicar esta ideia na prática (pais, professores, gestores)?
Combinar limites claros com explicações, exemplo pessoal e reforço positivo para promover motivação intrínseca em vez de depender só do medo.

Usado para criticar gestos de aparente generosidade quando a intenção é evitar punição, vergonha ou obter vantagem imediata.
Aplica-se em contextos familiares, educacionais, empresariais, religiosos e políticos para distinguir motivação intrínseca de conformidade externa.
Serve de advertência para líderes: regras e medo geram cumprimento momentâneo, mas não transformam valores nem hábitos.
Não implica que medidas dissuasoras sejam sempre erradas; distingue-se intenção e qualidade moral do acto.

Se um pai pune e o filho só ajuda por receio de castigo, esse comportamento dificilmente se manterá quando desaparecer a ameaça.
Numa empresa onde a única razão para colaborar é o medo de perder o posto, a cooperação tende a ser superficial e passageira.
Quando a doação é feita para evitar críticas públicas, o gesto perde valor moral e raramente cria compromisso permanente com a causa.

Medidas baseadas no medo (leis, sanções) podem prevenir danos imediatos e proteger terceiros, mesmo que não cultivem virtude.
Em situações de emergência, a obediência por receio pode salvar vidas, pelo que a eficácia prática nem sempre se confunde com valor moral.
Algumas normas sociais dependem de coerção leve para funcionar; o provérbio destaca a diferença entre eficácia prática e autenticidade moral.