O dinheiro é redondo para correr mais depressa.
Observação popular de que o dinheiro tende a desaparecer rapidamente ou a circular com facilidade — é gasto ou transferido depressa.
Versão neutra
O dinheiro tende a sair depressa.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que o dinheiro tende a desaparecer depressa, seja porque é facilmente gasto, circula entre pessoas ou por causas externas como impostos e despesas imprevistas. - Devo interpretar isto como incentivo a gastar?
Não; o provérbio descreve um fenómeno observado com habitual tom crítico ou resignado. Não é um conselho para gastar mais, antes um alerta sobre a facilidade com que o dinheiro pode desaparecer. - Em que contextos se usa?
Usa‑se em conversas informais para comentar despesas rápidas (ex.: compras, festas, más decisões financeiras) ou para lamentar que o dinheiro não dura. - Tem origem conhecida histórica?
Não há uma origem histórica documentada para este provérbio específico; trata‑se de uma expressão popular que circula oralmente.
Notas de uso
- Usa‑se em registo informal para comentar despesa rápida, gulodice por gastar ou volatilidade de recursos.
- Pode ter tom crítico ou resignado: critica quem gasta sem pensar ou aceita a ideia de que o dinheiro não permanece com ninguém por muito tempo.
- Também se aplica, de forma metafórica, à circulação económica: o dinheiro circula e muda de mãos com rapidez.
Exemplos
- Depois do pagamento, foi ver as contas e jurou que o dinheiro era redondo — já tinha desaparecido em menos de uma semana.
- Quando alguém ganha um prémio e o gasta todo numa festa, costuma dizer‑se que o dinheiro é redondo para correr mais depressa.
- Os pais avisaram os filhos que, se não tiverem cuidado, o dinheiro é redondo e fica pouco para o mês inteiro.
Variações Sinónimos
- O dinheiro não pára nas mãos
- O dinheiro queima no bolso
- O dinheiro some depressa
- Dinheiro que vai, dinheiro que volta (irónica)
Relacionados
- Quem guarda tem
- Nem tudo o que reluz é ouro
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar
- O barato sai caro (sobre consequências de gastos impensados)
Contrapontos
- Nem sempre o dinheiro 'corre' por culpa de quem gasta: fatores externos (impostos, inflação, dívidas) também aceleram a saída do dinheiro.
- Usar o provérbio para estigmatizar pessoas com poucas posses é injusto; a gestão de recursos varia conforme circunstâncias sociais e económicas.
- Interpretá‑lo literalmente pode ignorar a ideia construtiva de que o dinheiro também pode ser investido para 'correr menos' (poupança, orçamento).
Equivalentes
- inglês
Money burns a hole in your pocket. - espanhol
El dinero quema en el bolsillo. - francês
L'argent brûle les doigts.