O hábito elegante cobre, às vezes, um tratante.
Aviso de que as aparências — como roupa cuidada — podem ocultar más intenções ou comportamento esperto e interesseiro.
Versão neutra
A roupa elegante pode, por vezes, esconder alguém pouco confiável.
Faqs
- O que quer dizer 'tratante' neste provérbio?
Aqui, 'tratante' refere-se a uma pessoa que trata com astúcia ou se aproveita dos outros — um negociador esperto ou oportunista. O termo tem conotação pejorativa. - É ofensivo usar este provérbio?
O provérbio em si alerta contra julgamentos por aparência; contudo, chamar alguém de 'tratante' pode ser ofensivo. Use-o com cautela e apenas quando a suspeita estiver fundada em factos. - Quando posso usar este provérbio na comunicação quotidiana?
Use-o ao aconselhar prudência perante pessoas cuja aparência sugere mais do que os seus atos confirmam — por exemplo, ao avaliar negócios, ofertas ou representantes comerciais.
Notas de uso
- Usa-se para alertar contra confiar apenas na aparência exterior de uma pessoa.
- Registo: coloquial/popular; a construção soa um pouco arcaica ou proverbial.
- A palavra 'tratante' refere-se a alguém que negocia ou age de forma astuta, por vezes com sentido pejorativo (tramoyista, aproveitador).
- Aplicável em contextos sociais e profissionais quando há suspeita de que a imagem pública disfarça caráter ou práticas duvidosas.
Exemplos
- Na festa estavam todos muito bem vestidos, mas soube-se depois que o organizador era um tratante; o provérbio aplicava-se bem: o hábito elegante cobriu-o por algum tempo.
- Ao contratar um agente imobiliário, lembrou-se do ditado e pediu referências: a aparência cuidada não devia ser o único critério.
Variações Sinónimos
- As aparências enganam.
- Não julgue um livro pela capa.
- O hábito não faz o monge.
- A roupa não faz o homem.
Relacionados
- Aparência versus realidade
- Cautela ao avaliar pessoas
- Confiança e credenciais
Contrapontos
- Vestir-se bem pode também refletir profissionalismo, respeito e seriedade — nem sempre é sinal de más intenções.
- Não se deve acusar alguém apenas pela aparência; é preciso avaliar comportamentos e factos.
- Em alguns contextos, a boa apresentação é necessária e legítima (ex.: cerimónias, atendimento profissional).
Equivalentes
- Português (variante geral)
O hábito não faz o monge. - Inglês
Don't judge a book by its cover. - Espanhol
El hábito no hace al monje. - Francês
L'habit ne fait pas le moine. - Inglês (similar nuance)
Fine feathers make fine birds. (pode também sugerir que boas aparências impressionam)