O homem deve cheirar a pólvora, e a mulher, a incenso.
Resume uma visão tradicional que associa o homem à acção guerreira ou pública (pólvora) e a mulher à religiosidade, pureza ou domesticidade (incenso).
Versão neutra
Algumas pessoas trazem marcas de batalhas, outras de rituais — as experiências moldam-nos mais que o sexo.
Faqs
- Qual é a ideia principal deste provérbio?
Sugere uma separação simbólica de papéis: o homem associado à luta e ao exterior (pólvora) e a mulher à religiosidade, pureza ou ao lar (incenso). - É ofensivo usar este provérbio hoje?
Pode ser considerado ofensivo porque reproduz estereótipos de género que emergem de contextos históricos desiguais; o seu uso requer cuidado e contextualização. - Devo evitar usá‑lo nas escolas ou no trabalho?
Evite-o sem explicação crítica. Em contextos educativos ou profissionais, use‑o apenas para analisar mentalidades históricas e discutir igualdade de género. - Como modernizar a ideia transmitida?
Substitua categorias fixas por referências às experiências pessoais: «As experiências que vivemos deixam marcas em nós, independentemente do sexo.»
Notas de uso
- Usado historicamente para justificar papéis de género rígidos: o homem no combate ou fora de casa, a mulher no lar e na religião.
- Hoje é frequentemente citado criticamente para ilustrar estereótipos de género e valores de épocas passadas.
- Pode surgir em contextos literários ou históricos para transmitir mentalidades antigas; o seu uso directo como regra social é considerado problemático.
- Quando citado, convém esclarecer que se trata de um juízo cultural e não de uma norma factual sobre capacidades ou papéis.
Exemplos
- O historiador citou o provérbio — 'O homem deve cheirar a pólvora, e a mulher, a incenso' — para explicar atitudes patriarcais no século XIX.
- Ao discutir igualdade de género na escola, a professora usou a frase como exemplo de linguagem estereotipada e pediu alternativas mais inclusivas.
Variações Sinónimos
- O homem para a guerra, a mulher para o altar (variante explícita).
- Homem com pólvora, mulher com incenso (versão mais curta).
- Cada sexo com o seu cheiro (paráfrase popular).
Relacionados
- Cada um no seu lugar (provérbio sobre papéis sociais).
- A mulher e o criado, cada qual no seu ofício (reflexo de divisão social tradicional).
- Homem de armas, mulher de igreja (fórmula complementar de tradição popular).
Contrapontos
- Homens e mulheres podem cheirar tanto a pólvora como a incenso — ou a nada disso; as experiências não se limitam por género.
- Hoje há mulheres nas forças armadas e homens em funções religiosas ou domésticas; os papéis sociais são variados.
- Reduzir pessoas a aromas simbólicos ignora complexidade individual e histórica.
Equivalentes
- English
A man should smell of gunpowder, and a woman of incense. - Español
El hombre debe oler a pólvora y la mujer a incienso. - Français
L'homme doit sentir la poudre, et la femme l'encens.