O homem dos sete instrumentos não toca nenhum.
Critica quem se dedica a muitas actividades ou competências de forma superficial e, por isso, não domina nenhuma.
Versão neutra
Quem se dedica a muitas actividades raramente domina alguma delas.
Faqs
- Qual é a intenção desta expressão?
A intenção é advertir contra dispersão de tempo e esforço, defendendo a vantagem de concentração e aprofundamento numa actividade. - A expressão é sempre verdadeira?
Não. Em certos contextos a polivalência é valorizada e alguém pode ser competente em várias áreas. A expressão refere‑se sobretudo a situações em que a multiplicidade de tentativas impede a consolidação de qualidade. - É apropriado usar esta expressão no trabalho?
Depende do tom e do contexto. Pode ser útil numa avaliação construtiva, mas pode soar depreciativo se usado para desvalorizar esforços legítimos de aprendizagem.
Notas de uso
- Usa‑se para censurar a dispersão de esforços ou a tentativa de fazer demasiadas coisas ao mesmo tempo.
- Pode ter tom jocoso ou pedagógico, dependendo do contexto e da relação entre interlocutores.
- É frequente em contextos profissionais, artesanais e de formação, para enfatizar a importância da especialização ou foco.
Exemplos
- Na equipa, o João quer fazer programação, design e gestão de produto; temo que o homem dos sete instrumentos não toque nenhum e o projecto sofra por falta de qualidade.
- Se passas de fotografia para carpintaria e depois para cozinha sem aprofundar nada, corres o risco de seres 'o homem dos sete instrumentos' e não teres um ofício consolidado.
Variações Sinónimos
- Quem muito quer, pouco alcança.
- Quem muito abarca, pouco aperta.
- Aprendiz de tudo, mestre de nada.
Relacionados
- Jack of all trades, master of none (equivalente em inglês).
- Tentar fazer tudo pode reduzir a eficácia em tarefas individuais.
- Princípio da atenção limitada: dispersar atenção diminui desempenho.
Contrapontos
- Num mundo que valoriza polivalência, ter várias competências pode ser uma vantagem competitiva.
- Algumas profissões exigem precisamente ser multi‑disciplinar (gestão de pequenas equipas, empreendedorismo, etc.).
- A expressão não distingue entre alguém que tem várias competências bem desenvolvidas e alguém que as pratica superficialmente; portanto, pode ser injusta.
Equivalentes
- inglês
Jack of all trades, master of none. - espanhol
Aprendiz de todo, maestro de nada. - francês
Touche‑à‑tout, maître en rien. - alemão
Hans Dampf in allen Gassen (literalmente: homem que aparece em todo o lado).