O homem que se casa duas vezes não era digno de ter enviuvado
Expressa um juízo moral que culpa ou desmerece quem volta a casar-se após ter ficado viúvo, insinuando que a viuvez não foi 'merecida'.
Versão neutra
Diz-se que quem se casa novamente depois de uma viuvez não merecia a perda anterior.
Faqs
- O que significa este provérbio?
É um juízo moral tradicional que censura quem se volta a casar depois de ficar viúvo, insinuando que a viuvez não lhe era 'merecida'. - É apropriado usar hoje em dia?
Geralmente não; a expressão é considerada desadequada e potencialmente ofensiva por estigmatizar decisões pessoais tomadas após uma perda. - Tem origem conhecida?
Não há referência clara a uma origem documentada; é parte do repertório de provérbios morais populares. - Como responder se alguém usar este provérbio de forma ofensiva?
Pode apontar que o provérbio julga sem conhecer motivos pessoais e lembrar que a reacção a um luto e a opção de voltar a casar são decisões íntimas.
Notas de uso
- Forma antiga e moralizadora de avaliar o comportamento de pessoas viúvas que se voltam a casar.
- Usado sobretudo em contextos conservadores ou críticos, com tom de censura social.
- Hoje é considerado ofensivo por imputar culpa a quem envereda por novo matrimónio após perda.
- Pode ser usado ironicamente para criticar a hipocrisia social sobre luto e novas uniões.
Exemplos
- Quando soube que o vizinho voltou a casar, o velho comentou: «O homem que se casa duas vezes não era digno de ter enviuvado», revelando o seu juízo moral sobre o assunto.
- Numa reunião, ela contrapôs o provérbio: «Casar outra vez não anula a dor da perda», assinalando que a frase original é injusta.
- Usado em tom irónico: «Ah claro, o homem que se casa duas vezes não era digno de ter enviuvado — que grande sentido de justiça!»
Variações Sinónimos
- Quem casa duas vezes não merecia ter ficado viúvo
- Quem casa outra vez não devia ter sido viúvo
- Casa outra vez? Não era digno de ter enviuvado
Relacionados
- Quem casa, casa (sobre expectativas do casamento)
- Julgar é fácil (sobre o juízo social)
Contrapontos
- Casar-se outra vez é uma decisão pessoal e não invalida o sofrimento pela perda anterior.
- A sociedade moderna tende a defender a autonomia emocional e o direito à felicidade após o luto.
- A frase revela estigmas: presume-se intenções ou falta de luto em vez de reconhecer motivos diversos (companheirismo, apoio económico, parentalidade).
Equivalentes
- Inglês
The man who marries twice was not worthy of having been widowed - Espanhol
El hombre que se casa dos veces no merecía haber enviudado - Francês
L'homme qui se marie deux fois ne méritait pas d'être veuf