O mal alheio não revolta

O mal alheio não revolta ... O mal alheio não revolta

Expressa indiferença ou falta de repulsa perante o infortúnio, erro ou má ação de outras pessoas.

Versão neutra

O infortúnio ou a culpa de outra pessoa não me comove.

Faqs

  • Quando posso usar este provérbio?
    Use‑o para descrever ou criticar uma atitude de indiferença face ao infortúnio alheio; em contextos formais pode ser necessário clarificar a intenção (descrita ou censurada).
  • O provérbio tem conotação negativa?
    Geralmente sim: implica frieza moral ou falta de empatia. Pode, contudo, ser usado de modo neutro para reportar uma reação pessoal.
  • É um provérbio tradicional com origem conhecida?
    Não há origem documentada conhecida para esta formulação específica; parece ser uma construção analógica a expressões sobre indiferença e schadenfreude.
  • É apropriado usar em contexto profissional?
    Com cautela. Em ambientes profissionais pode ser interpretado como insensível; recomenda‑se linguagem mais precisa e empática quando se trata de assuntos delicados.

Notas de uso

  • Usa‑se para descrever uma atitude fria, insensível ou pragmática perante o sofrimento ou culpa de outrem.
  • Pode ser empregue de forma crítica — para censurar falta de empatia — ou de forma descritiva, referindo uma reação pessoal.
  • Registo: coloquial; não é um provérbio universalmente conhecido, por isso pode exigir explicação em contextos formais.

Exemplos

  • Quando soube que o colega foi despedido por erro próprio, mostrou‑se indiferente: «O mal alheio não revolta».
  • Numa discussão sobre corrupção, alguém comentou friamente que «o mal alheio não revolta», deixando clara a sua falta de empatia.

Variações Sinónimos

  • A desgraça alheia não me comove
  • O infortúnio dos outros não me afeta
  • Não me revolta o mal dos outros

Relacionados

  • Cada um por si e Deus por todos (expressão sobre individualismo)
  • Quem se ri do mal alheio mostra pouca compaixão (observação moral)
  • Schadenfreude (termo alemão, conceito relacionado)

Contrapontos

  • A dor do outro também é nossa responsabilidade — apela à empatia e à solidariedade.
  • Quem não se comove com o mal alheio corre o risco de perder relações e confiança social.
  • Provérbios que promovem compaixão, por exemplo: «Ajuda quem precisa» ou «Põe‑te no lugar do outro» (orações exemplificativas).

Equivalentes

  • Inglês
    One man's misfortune is another man's gain (aproximação ao conceito de indiferença ou de vantagem perante o infortúnio alheio).
  • Alemão
    Schadenfreude (substantivo: alegria pelo infortúnio alheio — conceito próximo).
  • Espanhol
    Alegría por la desgracia ajena (expressão descritiva; não é necessariamente um provérbio fixo).