Pelo vício alheio, corrige o alheio o seu

Pelo vício alheio, corrige o alheio o seu.

Aprende-se com os erros e vícios dos outros para corrigir o próprio comportamento.

Versão neutra

Ao observar os vícios dos outros, corrige‑se o próprio comportamento.

O que significa este provérbio?
Significa que, ao observar os vícios ou erros de outras pessoas, devemos usá‑los como lições para corrigir o nosso próprio comportamento.
Quando devo usar esta expressão?
Use‑a ao aconselhar alguém a aprender com exemplos negativos (em contextos de ensino, gestão, família ou reflexão pessoal). Evite usá‑la para julgar de forma gratuita.
É um provérbio crítico ou positivo?
Tem um sentido pedagógico: é crítico quanto aos vícios observados, mas positivo quanto à atitude de corrigir‑se a si próprio.

Usa-se para aconselhar a observação crítica do comportamento alheio como forma de melhoria pessoal.
Convém empregar num registo reflexivo ou pedagógico; pode soar moralista se usado em tom acusatório.
Aplicável a contextos pessoais, profissionais e institucionais (ex.: gestão, educação, legislação).
Não pressupõe imitação: destaca a aprendizagem a partir do exemplo negativo, não a cópia do mau comportamento.
Evita‑se em situações em que as condições são muito diferentes; aprender de outro erro nem sempre é directamente transferível.

Ao assistir às falhas repetidas na comunicação da equipa, Maria decidiu melhorar os seus processos: pelo vício alheio, corrige o alheio o seu.
Na reunião de segurança, revisaram os procedimentos depois de verem incidentes noutras fábricas — ao observar os vícios alheios, corrigiram os seus.
Como educador, preferiu mostrar aos alunos as consequências dos erros cometidos em turmas anteriores para que eles não repetissem os mesmos hábitos.

Há quem, ao ver vícios alheios, se sinta justificado a manter o seu (hipocrisia).
Nem todos os erros alheios são relevantes: contextos diferentes podem tornar a lição inaplicável.