Exige que o mesmo tratamento, castigo ou benefício seja aplicado a todos de forma igual, sem favores nem duplas normas.
Versão neutra
O pau que dá a uma pessoa dá a outra pessoa.
Faqs
Quando se usa este provérbio? Usa‑se para exigir ou apontar a necessidade de tratamento igualitário — por exemplo, quando alguém recebe penalização ou benefício e se questiona por que outros são tratados de forma diferente.
É um provérbio ofensivo? Geralmente não é ofensivo; é uma expressão popular crítica ou apelativa à justiça. Contudo, o tom e o contexto podem torná‑lo confrontacional se usado para acusar alguém de favorecimento.
Tem origem histórica documentada? Não há registo claro de autoria; trata‑se de um ditado de tradição oral da língua portuguesa, difundido regionalmente ao longo do tempo.
Notas de uso
Usado para reclamar consistência e igualdade de tratamento (por exemplo, regras, punições ou privilégios).
Frequentemente empregado em contextos informais; pode ter tom crítico quando expõe hipocrisia ou parcialidade.
Não se refere literalmente a um objeto (pau), mas usa imagem popular para reforçar a ideia de aplicação uniforme.
Pode ser inadequado quando diferenças legítimas entre pessoas justificam tratamentos distintos (por exemplo, necessidades ou capacidades diferentes).
Exemplos
Se o chefe desconta o salário de quem chega tarde, tem de descontar a todos — o pau que dá em Chico dá em Francisco.
Não aceitem que ele prefira o filho só porque é o filho; se há regras, aplicam-se a todos — o pau que dá em Chico dá em Francisco.
Variações Sinónimos
O mesmo pau que bate em Chico, bate em Francisco.
O mesmo pau dá em Chico e dá em Francisco.
O que é para um é para outro.
O que serve para um serve para todos.
Relacionados
Aqui se faz, aqui se paga (ênfase em consequência equivalente).
A lei é igual para todos (afirmação de igualdade perante a lei).
Tratar todos por igual (expressão corrente com sentido próximo).
Contrapontos
Nem sempre é justo tratar todos exactamente da mesma forma: situações distintas podem exigir medidas proporcionais ou diferenciadas (ex.: necessidades especiais, circunstâncias atenuantes).
Aplicar regras rigidamente sem considerar contexto pode perpetuar desigualdades ou injustiças.
O provérbio pode ser usado para justificar cega reciprocidade em vez de equidade real.
Equivalentes
inglês What's good for the goose is good for the gander / What's sauce for the goose is sauce for the gander.
espanhol Lo que sirve para uno, sirve para otro.
francês Ce qui est bon pour l'un est bon pour l'autre.