O que aperta é o que segura, e o que dói é o que cura.

O que aperta é o que segura, e o que dói é o qu ... O que aperta é o que segura, e o que dói é o que cura.

Medidas firmes ou desconfortáveis (aperto/dor) podem proteger, disciplinar ou conduzir à cura; o desconforto nem sempre é negativo se tiver finalidade protetora ou terapêutica.

Versão neutra

O que aperta segura; o que dói pode curar.

Faqs

  • O que significa este provérbio em termos práticos?
    Significa que medidas desconfortáveis ou rigorosas podem ser necessárias para proteger, disciplinar ou curar — o desconforto pode ter um propósito útil.
  • Em que contextos é apropriado usar este provérbio?
    É apropriado em conversas sobre educação, treino, tratamentos médicos ou políticas preventivas, quando se quer justificar uma ação difícil mas considerada necessária.
  • Pode este provérbio justificar a violência ou o abuso?
    Não. O provérbio não legitima violência nem abuso. A dor só é aceitável se for proporcional, necessária, consentida (quando aplicável) e sujeita a critérios éticos e legais.
  • Qual a sua origem?
    A origem exacta não é conhecida; trata‑se de sabedoria popular que combina duas ideias comuns — firmeza para segurança e dor como meio terapêutico.

Notas de uso

  • Usado para justificar disciplina rígida, tratamentos médicos incómodos ou medidas preventivas que causam desconforto imediato.
  • Aplica‑se em contextos figurados (educação, treino, lei) e literais (medicina, fisioterapia).
  • Não deve ser usado para legitimar violência ou abuso: a dor só é justificável quando é necessária, proporcional e consentida.
  • Tomar em conta diferenças culturais e sensibilidade individual ao sofrimento; o provérbio expressa uma visão pragmática, não uma regra absoluta.

Exemplos

  • O treinador explicou que alguns exercícios mais exigentes são desconfortáveis, mas que «o que aperta é o que segura» — servem para prevenir lesões.
  • Na consulta, o médico disse que a injeção iria doer, mas que às vezes «o que dói é o que cura»; era o tratamento necessário para a infeção.
  • Os pais aplicaram regras rígidas porque acreditavam que uma educação firme garantiria segurança: «o que aperta é o que segura», disseram.
  • Antes de iniciar a reabilitação, o fisioterapeuta avisou sobre o desconforto inicial, lembrando que a dor controlada faz parte do processo de cura.

Variações Sinónimos

  • O aperto garante; a dor cura.
  • Remédio amargo cura.
  • A disciplina firme protege; o tratamento doloroso cura.
  • O que aperta segura; o que fere, sarará.

Relacionados

  • Remédio que não agrada cura
  • Mais vale prevenir do que remediar
  • Quem tudo quer, tudo perde
  • Dor temporária, benefício duradouro

Contrapontos

  • Nem toda dor conduz à cura; dor crónica ou abuso físico não têm justificação e exigem intervenção.
  • Medidas 'apertadas' podem tornar‑se opressivas e prejudiciais se não forem proporcionais, transparentes e consentidas.
  • Em medicina moderna, o princípio da não maleficência e o consentimento informado limitam quando a dor é aceitável.
  • A eficácia de tratamentos incómodos deve ser avaliada cientificamente; tradições populares não substituem prova clínica.

Equivalentes

  • inglês
    No pain, no gain (parte relativa à dor como caminho para melhoria).
  • espanhol
    El remedio amargo cura; (versão literal próxima: "Lo que aprieta, sujeta; lo que duele, cura").
  • francês
    Pas de douleur, pas de progrès (equivalente relativo à ideia de dor necessária para melhorar).
  • latim (aforismo relacionado)
    Res severa est praesidium libertatis (frase histórica sobre firmeza como proteção — não tradução literal do provérbio).