O que não se pode evitar há-de se sofrer

Quando algo é inevitável, resta aceitá‑lo e suportar as consequências.

Versão neutra

O que é inevitável deve ser aceite.

O provérbio significa que devemos desistir sempre que algo é difícil?
Não necessariamente. Significa aceitar aquilo que é realmente inevitável, mas não impede procurar soluções quando existirem. É um aviso contra lutar contra o que já não pode ser mudado.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao consolar alguém perante perdas ou mudanças que não têm remédio prático, ou para sublinhar que a energia deve ser direccionada para adaptação e não para luta inútil.
O provérbio é fatalista?
Pode parecer fatalista; por isso convém usá‑lo com cuidado, distinguindo entre aceitação necessária e desistência prematura.

Expressa resignação perante circunstâncias percebidas como inevitáveis.
Usado por vezes para consolar ou justificar que não há solução prática.
Tom pode ser fatalista; em contextos profissionais ou de decisão, convém distinguir aceitacão ativa de apatia passiva.
Mais comum em registos formais ou literários; em linguagem corrente há variações mais curtas.

Após meses de burocracia, Miguel disse: 'O que não se pode evitar há‑de se sofrer' e concentrou‑se em adaptar a sua vida à nova situação.
Quando o médico confirmou que a recuperação seria lenta, a família repetiu que 'o que não se pode evitar há‑de se sofrer' para preparar a paciente para o período difícil.

Nem tudo o que parece inevitável é imutável — pode ser possível agir para reduzir danos ou criar alternativas.
A resignação imediata pode impedir a procura de soluções; distinguir entre aceitação saudável e desistência é importante.
Perspetiva prática: avaliar custos e benefícios antes de aceitar como inevitável.