O sábio sabe que não sabe, e o néscio cuida que sabe.
Contrasta humildade intelectual e arrogância: o sábio reconhece os limites do seu conhecimento; o néscio presume saber sem fundamento.
Versão neutra
Quem é sábio reconhece as próprias limitações; quem é néscio presume saber.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa‑se para enfatizar a importância da humildade intelectual, por exemplo em discussões onde alguém afirma certezas sem evidência ou quando se quer promover investigação e verificação. - É um insulto chamar alguém de 'néscio' com base neste provérbio?
Pode ser percebido como crítica dura. É preferível explicar a razão da discordância e apontar a falta de fundamento em vez de rotular a pessoa. - Como conciliar este provérbio com a necessidade de tomar decisões rápidas?
Reconhecer limitações não impede decidir: implica avaliar riscos, usar experiência disponível e, quando possível, recolher informação adicional antes de agir.
Notas de uso
- Usa-se para criticar quem afirma saber sem prova ou reflexão.
- Serve também como elogio à atitude de reconhecer incertezas e aprender.
- Pode aparecer em contextos académicos, profissionais ou em debates sobre tomada de decisão.
- Não deve ser usado para silenciar opiniões legítimas — distinguir entre dúvida saudável e paralisia.
Exemplos
- Numa reunião técnica, sugeriu: «Antes de decidir, lembrem‑se que o sábio sabe que não sabe», para incentivar a verificação de dados.
- Quando lhe perguntaram sobre política, respondeu com humildade e admitiu que precisava de mais informação — um bom exemplo do provérbio.
- O formador alertou os alunos que assumir certezas sem dados é típico do néscio; buscar evidências é atitude de quem quer aprender.
Variações Sinónimos
- Só sei que nada sei. (Atribuído a Sócrates)
- O ignorante julga-se sábio; o sábio reconhece a ignorância.
- A verdadeira sabedoria é reconhecer os próprios limites.
Relacionados
- Só sei que nada sei (Socrates)
- A humildade precede a sabedoria (variação temática)
- Quem muito fala, pouco aprende (enfatiza ouvir em vez de presumir)
Contrapontos
- Em situações de emergência, alguma confiança e decisão rápida são necessárias; duvidar excessivamente pode ser prejudicial.
- Simular ignorância pode ser uma tática manipuladora; reconhecer limites deve ser honesto, não estratégico.
- Experiência prática pode justificar certezas em domínios específicos, mesmo quando existe humildade intelectual noutras áreas.
Equivalentes
- inglês
The wise know that they do not know; the fool thinks he knows. - espanhol
El sabio sabe que no sabe, y el necio cree que sabe. - francês
Le sage sait qu'il ne sait pas, et le sot croit savoir. - latim
Sapientes nescire sciunt; stulti se scire existimant.