O temor governa o mundo; a esperança o consola.
O provérbio expressa que o medo orienta muitas acções humanas e sociais, enquanto a esperança oferece alívio ou conforto perante dificuldades.
Versão neutra
O medo orienta grande parte das acções; a esperança serve como consolo.
Faqs
- Qual é a ideia principal deste provérbio?
Que o medo é um motor poderoso das decisões humanas e colectivas, enquanto a esperança funciona como alívio psicológico perante adversidades. - Em que situações posso usar este provérbio?
Em análises políticas, discussões sobre comportamento social, ou ao comentar como emoções influenciam escolhas individuais e públicas. - É um provérbio pessimista?
Não necessariamente; é uma observação dual — reconhece o papel negativo do medo mas também o valor reconfortante da esperança. A leitura pode ser crítica ou analítica. - A esperança pode ser prejudicial, apesar de consolar?
Sim. A esperança sem acção pode levar à inação ou à ilusão; o provérbio não afirma que a esperança resolve problemas, apenas que consola.
Notas de uso
- Usa-se em contextos reflexivos ou críticos sobre comportamento colectivo, política ou decisão pessoal.
- Registo: literário, formal ou filosófico; funciona bem em textos ensaísticos e comentários sociais.
- Transmite uma observação dupla — diagnóstico (o poder do medo) e função emocional (o papel da esperança).
- Ao empregá-lo, atenção para não naturalizar o medo como inevitável nem romantizar a esperança como solução única.
Exemplos
- Numa crise económica, o temor governa o mundo: decisões prudentes são tomadas por receio, e a esperança consola os desempregados que procuram futuro.
- No debate sobre segurança, muitos políticos jogam com o medo para ganhar votos, enquanto promessas de melhoria alimentam a esperança que consola os eleitores.
Variações Sinónimos
- O medo governa; a esperança consola.
- O temor comanda, a esperança conforta.
- O receio dirige as acções; a esperança acalma os espíritos.
Relacionados
- A esperança é a última a morrer.
- Quem teme perde o que já tem (variação popular sobre a perda por receio).
Contrapontos
- Nem sempre a esperança consola: por vezes ilude e adia medidas práticas necessárias.
- O temor também pode proteger: o medo de consequências evita comportamentos perigosos ou irresponsáveis.
- Ler o provérbio como determinista pode legitimar manipulações políticas baseadas no medo — convém análise crítica.
Equivalentes
- Inglês
Fear rules the world; hope consoles it. - Espanhol
El temor gobierna el mundo; la esperanza lo consuela. - Francês
La peur gouverne le monde; l'espérance le console. - Alemão
Die Furcht regiert die Welt; die Hoffnung tröstet sie.