O amor cria o mundo, o dever governa-o.
O afeto e a inspiração (amor) dão origem e vida às relações e projetos; a responsabilidade e a obrigação (dever) regulam, organizam e mantêm essa ordem.
Versão neutra
Os afetos originam e dinamizam a vida; as responsabilidades organizam e mantêm essa vida.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que sentimentos como o amor dão origem e motivação às relações e projetos, enquanto o sentido do dever (responsabilidades, regras, disciplina) organiza e mantém essas mesmas relações e instituições. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer enfatizar a necessidade de juntar inspiração e responsabilidade — por exemplo, em liderança, educação, gestão de equipas, ou em discussões sobre vida familiar e social. - Pode ser usado para justificar uma autoridade rígida?
Não. O provérbio distingue papéis complementares; não legitima que o dever sufoque o amor ou a dignidade. Deve-se evitar usá-lo para justificar práticas desumanas em nome da ordem. - Como aplicar este princípio no dia a dia?
Combine motivação e regras: defina metas e valores (o ‘amor’ pelo projeto) e estabeleça responsabilidades claras, rotinas e limites (o ‘dever’) para garantir continuidade e equidade.
Notas de uso
- Usa-se para sublinhar a necessidade de equilíbrio entre sentimentos motivadores e regras ou responsabilidades estruturantes.
- É apropriado em debates sobre ética, liderança, família, educação e organização social, quando se quer distinguir impulso e estrutura.
- Não deve ser invocado para justificar rigor excessivo ou desumanização em nome do ‘dever’ nem para negar responsabilidades alegando apenas o ‘amor’.
- Em linguagem corrente funciona bem como lema para equipes (motivação + disciplina) ou em reflexão moral sobre prioridades.
Exemplos
- Num projeto comunitário, o entusiasmo dos voluntários (amor) fez nascer a iniciativa; foram as regras e a coordenação (dever) que a sustentaram e a fizeram crescer.
- Numa família, o carinho cria o ambiente acolhedor, mas é o sentido do dever — como cumprir compromissos e partilhar tarefas — que permite a convivência estável.
Variações Sinónimos
- O amor funda; o dever rege.
- Onde há amor nasce o mundo; onde há dever, organiza-se.
- O afeto cria, a obrigação dirige.
Relacionados
- Amor move montanhas (sublinha o poder do afeto)
- Dever antes do prazer (valorização da responsabilidade)
- Entre o amor e a lei há equilíbrio (idéia de equilíbrio entre sentimento e regra)
Contrapontos
- O dever sem amor pode tornar-se autoritário ou desumanizante — a mera disciplina não garante justiça nem sentido.
- O amor sem dever pode ser idealista e insustentável — sem limites ou compromissos, as relações e instituições fragilizam-se.
- Em algumas situações práticas, regras e burocracia excessivas sufocam a criatividade e o cuidado que o ‘amor’ promove.
Equivalentes
- Inglês
Love creates the world; duty governs it. - Espanhol
El amor crea el mundo, el deber lo gobierna. - Francês
L'amour crée le monde, le devoir le gouverne. - Italiano
L'amore crea il mondo, il dovere lo governa. - Alemão
Die Liebe schafft die Welt, die Pflicht regiert sie.