Onde há carniça, há urubus.
Situações decadentes ou frágeis atraem quem delas se aproveita; alerta para a presença de oportunistas quando há desordem ou vulnerabilidade.
Versão neutra
Onde há decomposição ou desordem, aparecem os que se aproveitam.
Faqs
- O que significa este provérbio de forma simples?
Significa que situações de fraqueza, decadência ou oportunidade fácil tendem a atrair pessoas que querem tirar proveito, muitas vezes de forma pouco ética. - Em que contextos posso usar este provérbio?
Usa‑se em comentários sobre política, negócios, crises e catástrofes para alertar para a presença de oportunistas. Evite usá‑lo de modo a estigmatizar grupos inteiros. - É ofensivo dizer isso de alguém?
Pode ser interpretado como acusatório ou pejorativo. Melhor aplicá‑lo a situações gerais do que a pessoas concretas sem prova de intenção oportunista. - Tem origem literária conhecida?
Não existe autoria ou origem documentada; trata‑se de um provérbio popular com equivalentes em várias línguas.
Notas de uso
- Usa‑se sobretudo em contexto figurado para criticar ou avisar sobre aproveitadores (política, empresa, catástrofes, etc.).
- Tem tom negativo: implica exploração ou interesse escusado por parte dos 'urubus'.
- Não deve ser aplicado literalmente a animais; em ecologia, aves necrófagas desempenham papel útil na limpeza de cadáveres.
- Registo: coloquial e proverbial; adequado em comentário crítico, crónica ou conversação.
Exemplos
- Quando a empresa entrou em insolvência apareceram consultores e investidores oportunistas — onde há carniça, há urubus.
- Depois do desastre natural muitos aproveitaram-se dos recursos e dos terrenos abandonados; infelizmente, onde há carniça, há urubus.
- Na crise política, várias figuras ambiciosas tentaram capitalizar a situação: a expressão 'onde há carniça, há urubus' resume bem esse comportamento.
Variações Sinónimos
- Onde há decomposição, há quem se aproveite.
- Onde existe decadência, surgem os predadores.
- Há quem se alimente dos restos.
Relacionados
- A ocasião faz o ladrão.
- Há sempre quem aproveite a desgraça alheia.
- Nem tudo o que sobra é para todos — crítica à exploração de oportunidades
Contrapontos
- Nem todas as pessoas que aparecem em situações difíceis o fazem por malícia; algumas prestam auxílio legítimo.
- A metáfora desvaloriza o papel ecológico das aves necrófagas, que são importantes para o equilíbrio ambiental.
- Convém distinguir entre oportunismo predatório e intervenção legítima ou necessária.
Equivalentes
- Inglês
Where there's carrion, there are vultures. - Espanhol
Donde hay carroña, hay buitres. - Francês
Là où il y a de la charogne, il y a des vautours. - Alemão
Wo Aas ist, sind Geier. - Italiano
Dove c'è carogna, ci sono i avvoltoi.