Os filhos sofrem pelas faltas dos pais

As crianças ou descendentes padecem as consequências das ações ou erros dos progenitores.

Versão neutra

As crianças sofrem as consequências das ações dos pais.

O que significa exactamente este provérbio?
Significa que as ações, erros ou faltas dos pais podem ter consequências negativas que recaem sobre os filhos, seja em termos económicos, sociais, psicológicos ou legais.
Tem origem religiosa ou histórica?
A ideia tem expressões em tradições religiosas e literárias (há passagens bíblicas que falam de consequências intergeracionais), mas o provérbio como tal é de uso popular e não tem uma origem única identificada.
É aceitável usá-lo sem mais?
Convém prudência: a frase pode soar determinista ou acusatória. Em contextos sensíveis é melhor explicitar que se refere a consequências sociais e não a culpa inerente dos filhos.
Existe um argumento contra esta ideia?
Sim. Muitos defendem que a justiça deve ser individual e que responsabilizar filhos por faltas alheias é imoral; também há ênfase em políticas que rompam ciclos intergeracionais de desvantagem.

Usa-se para indicar que decisões ou comportamentos dos pais têm efeitos negativos sobre os filhos, frequentemente em termos sociais, económicos ou morais.
Pode ser empregue de forma descritiva (constatar consequências) ou condenatória (culpar os pais).
Em contextos formais, politicamente sensíveis ou jurídicos, a expressão pode ser considerada fatalista ou injusta se implicar culpa moral automática dos filhos.
Às vezes aparece em debates sobre herança de pobreza, trauma intergeracional ou estigmatização social.

Depois de anos de desemprego e dívidas acumuladas pelos progenitores, os filhos tiveram dificuldades na escola e na saúde — os filhos sofrem pelas faltas dos pais.
Quando uma comunidade é prejudicada por práticas irresponsáveis de gerações anteriores, as novas gerações pagam o custo: as crianças sofrem as consequências.

A responsabilidade moral e legal é individual; não é justo punir alguém por crimes ou faltas que não cometeu.
Muitas políticas sociais visam precisamente evitar que crianças sejam penalizadas pelos erros dos pais, oferecendo apoio e oportunidades.
Determinismo moral pode ser injusto: os filhos têm agência e podem contrariar comportamentos familiares prejudiciais.