Os reis nunca morrem

Os reis nunca morrem.
 ... Os reis nunca morrem.

Afirma que, apesar da morte física de um monarca, o seu poder, prestígio ou a instituição que representa continuam a exercer influência ou a ser lembrados.

Versão neutra

A influência ou a instituição associada a um rei tende a persistir para lá da sua vida.

Faqs

  • O provérbio significa que um rei é fisicamente imortal?
    Não. É uma figura retórica: sublinha que o estatuto, a influência ou a instituição associada ao rei podem sobreviver à sua morte física.
  • Em que situações se pode utilizar este provérbio?
    Para comentar a persistência de elites, a impunidade de poderosos, ou de forma irónica quando alguém continua a exercer influência apesar de ter perdido uma posição formal.
  • É um provérbio usado apenas em contextos monárquicos?
    Não. É aplicável a qualquer situação em que se queira salientar a continuidade do poder ou da memória, mesmo fora do contexto monárquico.
  • Este provérbio tem conotação política?
    Sim — frequentemente implica crítica social ou política sobre a permanência do poder, mas também pode ser usado de modo neutro para descrever continuidade institucional.

Notas de uso

  • Usado frequentemente de forma metafórica para sublinhar a continuidade do poder, da memória ou das instituições.
  • Pode empregar‑se ironicamente para criticar a impunidade ou longevidade de elites políticas.
  • Registo: coloquial e aforístico; evita‑se em textos formais sem explicação.
  • Não deve ser tomado literalmente: refere‑se sobretudo à perceção social da durabilidade do estatuto ou influência.

Exemplos

  • Depois da revolução, muitos comentaram que ‘os reis nunca morrem’ — referiam‑se à capacidade da velha elite de recuperar postos de poder.
  • Usou a expressão ‘os reis nunca morrem’ de modo irónico, quando falou do director que mudou de cargo mas continuou a mandar nos antigos colegas.

Variações Sinónimos

  • Os reis são imortais (irónico)
  • A coroa não morre com o rei
  • Os poderosos sobrevivem às mudanças

Relacionados

  • O rei morre, a coroa permanece (variação temática)
  • Há reis e há reis (diferença entre o indivíduo e a instituição)
  • Depois do rei vem o rei (continuidade institucional)

Contrapontos

  • Literalmente, os reis são mortais e podem ser depostos, mortos ou deserdados.
  • Revoluções e reformas podem extinguir monarquias e o poder das elites.
  • A memória pública é fugaz: muitas figuras reais caem no esquecimento com o tempo.

Equivalentes

  • inglês
    The king is dead, long live the king (expressa a continuidade da instituição)
  • espanhol
    Los reyes nunca mueren (tradução literal) / El rey ha muerto, viva el rey (continuidade institucional)
  • francês
    Les rois ne meurent jamais (tradução literal) / Le roi est mort, vive le roi (continuité de l'institution)