Perde-se por preguiça o que se ganha com justiça.
Ganha‑se algo de forma legítima, mas por negligência ou falta de cuidado perde‑se depois — enfatiza a importância da diligência para conservar o que foi obtido justamente.
Versão neutra
O que se conquista justamente pode perder‑se por preguiça.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado ao aconselhar alguém a proteger ou gerir aquilo que conquistou: contratos, poupanças, direitos ou reputação. Funciona como advertência prática sobre negligência. - O provérbio é culpabilizador?
Pode ser lido como tal se aplicado sem contexto. É útil como conselho prático, mas convém reconhecer causas externas às perdas para evitar culpabilizar indevidamente. - Tem registo formal ou coloquial?
Circula mais em registos coloquiais e de sabedoria popular, mas pode ser usado em textos formais quando se pretende sublinhar a importância da diligência. - Como aplicar este conselho no dia a dia?
Exemplos práticos: cumprir responsabilidades contratuais, rever investimentos, acompanhar processos legais e fazer manutenção regular de bens.
Notas de uso
- Usa‑se para aconselhar sobre a necessidade de manter e proteger bens, direitos ou conquistas obtidas de forma justa.
- Aplica‑se em contextos profissionais (cumprimento de deveres, manutenção de contratos), financeiros (poupanças, investimentos) e legais (defesa de direitos).
- Tomar como advertência contra a complacência; não implica que todas as perdas sejam culpa da pessoa — pode ser um conselho prático para reduzir riscos.
Exemplos
- O João obteve o cargo por mérito, mas começou a falhar prazos e perdeu a promoção — perde‑se por preguiça o que se ganha com justiça.
- A família poupou anos para comprar a casa; por falta de acompanhamento das contas e manutenção, acabaram por enfrentar problemas que podiam evitar: perde‑se por preguiça o que se ganha com justiça.
- Uma associação conseguiu direitos por via legal, mas ninguém tratou dos procedimentos necessários; por descuido, esses direitos foram contestados.
Variações Sinónimos
- O que se ganha por justiça perde‑se pela preguiça
- Quem não zela perde o que ganhou com mérito
- Cuida‑te do que conquistas; a preguiça faz perder
Relacionados
- Quem não zela, perde
- Deus ajuda quem cedo madruga
- Mais vale prevenir do que remediar
Contrapontos
- Nem todas as perdas resultam da preguiça: fatores externos (fraude, crises económicas, discriminação) também podem causar perdas.
- O provérbio pode ser interpretado como culpabilizador; é importante não usar esta expressão para justificar falta de apoio a quem perdeu algo por razões alheias.
- Algumas conquistas exigem manutenção sistemática; contudo, responsabilidade coletiva ou institucional também pode ser necessária, não apenas esforço individual.
Equivalentes
- Inglês
What you gain fairly you can lose through laziness; similar ideas: "You snooze, you lose" or "Easy come, easy go." - Espanhol
Se pierde por pereza lo que se gana con justicia. - Francês
On perd par paresse ce qu'on obtient par justice.