Poucos homens raciocinam, e todos querem decidir.
Observação crítica de que poucas pessoas pensam de forma profunda e ponderada, enquanto muitas desejam tomar decisões ou exercer autoridade.
Versão neutra
Poucas pessoas refletem, mas muitas querem tomar decisões.
Faqs
- Este provérbio é antigamente elitista?
Pode ser interpretado como elitista porque contrapõe quem pensa a quem decide, mas funciona sobretudo como crítica à decisão precipitada e ao desejo de poder sem ponderação. - Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em contextos em que se quer sublinhar a falta de reflexão antes da tomada de decisão: discussões políticas, reuniões de trabalho ou análises sociais. - O provérbio implica que só alguns devem decidir?
Não necessariamente; aponta para uma discrepância entre capacidade de reflexão e vontade de decidir. A leitura prática é uma advertência para combinar participação com formação e análise.
Notas de uso
- Usa-se para criticar situações em que decisões são tomadas sem reflexão suficiente.
- Tom neutro e analítico; pode soar cínico ou elitista se aplicado indiscriminadamente.
- Adequado em comentários sobre política, liderança, gestão de equipas ou debates públicos.
- Evitar generalizações absolutas: funciona como observação retórica, não como factologia.
Exemplos
- Na reunião, vários colegas queriam impor soluções sem avaliar os dados — pouquíssimos analisaram; poucos homens raciocinam, e todos querem decidir.
- Em política, este provérbio lembra-nos que o desejo de mandar muitas vezes não coincide com a capacidade de ponderar consequências.
- Quando a família discutia o plano de obras, houve muito entusiasmo em dar ordens e pouca vontade de estudar orçamentos e alternativas.
Variações Sinónimos
- Poucos pensam, muitos querem comandar.
- Há mais vontade de mandar que de refletir.
- Muitos decidem, poucos reflectem.
- Há mais pretendentes ao poder do que pensadores.
Relacionados
- Quem muito quer mandar pouco governa (variação crítica sobre autoridade).
- Antes pensar do que fazer (valorização da reflexão prévia).
- Quem decide sem ouvir erra duas vezes (sobre precipitação).
Contrapontos
- Democracia e processos participativos valorizam que muitas vozes decidam, mesmo sem especialização individual.
- Nem sempre quem decide sem longo raciocínio o faz por falta de pensamento — pode basear-se em experiência prática ou intuição válida.
- A ênfase na reflexão isolada pode retardar decisões necessárias em contextos urgentes.
Equivalentes
- Inglês
Few people think; yet all want to be decision-makers. - Espanhol
Pocos razonan, y todos quieren decidir. - Francês
Peu de gens réfléchissent, et tous veulent décider. - Alemão
Wenige Menschen denken, aber alle wollen entscheiden.