Primeira vez engana o prudente, segunda o inocente.
Diz que um engano pode iludir até quem é cauteloso na primeira vez; se se repete, a responsabilidade de desconfiar já recai sobre quem foi enganado.
Versão neutra
A primeira ocorrência pode iludir até os prudentes; se o engano se repetir, espera‑se que quem foi enganado tenha aprendido.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que um engano pode iludir mesmo pessoas cautelosas na primeira ocorrência; se o mesmo engano se repete, espera‑se que quem foi enganado já saiba desconfiar. - Este ditado é útil em que contextos?
Serve como aviso em contextos de negócios, negociações, segurança digital e relações pessoais para sublinhar a importância de aprender com experiências passadas. - Há alguma crítica ao uso deste provérbio?
Sim. Pode ser usado para culpabilizar vítimas de fraude ou abuso. Também ignora desigualdades de informação e capacidades entre as pessoas. - Qual a origem do provérbio?
A origem exacta é incerta; trata‑se de um provérbio popular transmitido pela tradição oral na Península Ibérica, com equivalentes noutras línguas.
Notas de uso
- Registo coloquial e proverbial; usado para advertir sobre a responsabilidade de aprender com experiências passadas.
- Comum em contextos de negócios, relações pessoais e advertências sobre fraudes ou repetições de erro.
- Pode ser interpretado como culpabilização da vítima; evite usá-lo em situações sensíveis (abusos, crimes) sem contextualização.
- Não é uma verdade absoluta: pessoas aprendem a ritmos diferentes e nem todo engano se repete pela mesma pessoa ou por intenção.
Exemplos
- O fornecedor enviou peças defeituosas e deu explicações convincentes — a primeira vez engana o prudente; se isso voltar a acontecer, o cliente deve reclamar.
- Num esquema de phishing, a primeira mensagem ilude até utilizadores cuidadosos; quando a mesma técnica reaparece, já existe motivo para desconfiar.
Variações Sinónimos
- Primeira vez ilude o prudente, segunda vez o crédulo.
- A primeira vez engana o prudente; a segunda, o incauto.
- Fool me once, shame on you; fool me twice, shame on me. (equivalente em inglês)
Relacionados
- Quem não aprende com a experiência repete o erro.
- Errar é humano; persistir no erro é tolice.
- A experiência é a melhor professora.
Contrapontos
- Pode funcionar como justificação para culpar pessoas que foram enganadas; nem sempre a vítima tem meios ou informação para desconfiar.
- Alguns golpes são sofisticados e podem enganar repetidamente mesmo pessoas informadas.
- Aprender com a experiência nem sempre é imediato; exigências de responsabilidade imediata podem ser injustas.
Equivalentes
- inglês
Fool me once, shame on you; fool me twice, shame on me. - espanhol
La primera vez engaña al prudente; la segunda, al inocente. - francês
On ne se laisse pas avoir deux fois (variante equivalente).