Quanto mais mira, menos vê.
Alerta contra o foco excessivo: ao fixarmo‑nos demasiado num pormenor perdemos a perceção do todo.
Versão neutra
Quanto mais nos fixamos na mira, menos vemos o conjunto.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Usa‑o para advertir alguém que está a focar‑se excessivamente num detalhe e a ignorar o contexto ou as consequências gerais. - É um provérbio negativo?
Não necessariamente; funciona como aviso. Reconhece a utilidade do foco, mas lembra a necessidade de perspectiva ampla. - Pode ter sentido literal?
Sim — em situações em que fixar os olhos reduz o campo de visão ou quando um instrumento de mira impede ver o ambiente.
Notas de uso
- Usa‑se sobretudo de forma figurada em contextos de tomada de decisão, análise e criatividade.
- Também pode aplicar‑se literalmente (por exemplo, quando olhos muito fixos reduzem o campo de visão).
- Sugere equilíbrio entre atenção aos detalhes e visão global — atenção exclusiva a uma parte pode tornar‑se prejudicial.
- A frase costuma servir como conselho em reuniões, revisão de projetos, investigação e práticas artísticas.
Exemplos
- Na reunião, ele insistiu no formato do relatório e acabou por perder questões estratégicas — quanto mais mira, menos vê.
- Ao fotografar só para conseguir um pormenor perfeito, a fotógrafa deixou escapar a composição geral da cena; o provérbio aplica‑se bem aqui.
Variações Sinónimos
- Quem muito mira, pouco vê.
- Quanto mais te focas num pormenor, menos vês o todo.
- Fixares‑te demais numa coisa impede ver o conjunto.
Relacionados
- Não ver a floresta pelas árvores
- Perder de vista o essencial
- Ver apenas um lado da moeda
Contrapontos
- Atenção aos detalhes salva projetos — por vezes a mira é necessária.
- Observação cuidadosa permite detetar erros que o olhar superficial não apanha.
- Quanto mais observa, mais aprende (quando o foco é equilibrado com contexto).
Equivalentes
- inglês
The more you look, the less you see. - espanhol
Cuanto más miras, menos ves. - francês
Plus on regarde, moins on voit.