Quão longe dos olhos, tão longe do coração

Quão longe dos olhos, tão longe do coração.
 ... Quão longe dos olhos, tão longe do coração.

Sugere que a ausência física de algo ou alguém tende a reduzir a importância emocional ou a memória que lhe dedicamos.

Versão neutra

Longe da vista, tende a sair do coração.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer comentar, de forma geral, que a ausência tende a enfraquecer lembranças ou afeto; evita‑se usá‑lo para invalidar sentimentos alheios.
  • O provérbio é sempre verdadeiro?
    Não; depende da intensidade do laço, da frequência de comunicação e das circunstâncias pessoais. É uma generalização baseada em observação social.
  • Pode ser ofensivo dizer isto a alguém?
    Sim, se usado para minimizar ou criticar os sentimentos de outrem. Convém ter sensibilidade ao aplicá‑lo.

Notas de uso

  • Usa-se para descrever a tendência de esquecer ou de desvalorizar pessoas, assuntos ou hábitos quando estes deixam de estar presentes.
  • Não é uma regra absoluta; emoções fortes ou laços profundos podem persistir apesar da distância.
  • Contexto importa: pode ser usado de forma explicativa, julgadora ou irónica, conforme a intenção do falante.
  • Hoje, tecnologias de comunicação (chamadas, redes sociais) mitigam parcialmente este efeito.
  • Evita generalizações: aplicar o provérbio como crítica directa a sentimentos de outrem pode ser insensível.

Exemplos

  • Depois de se mudarem para o estrangeiro, os amigos raramente mantiveram contacto — longe dos olhos, tão longe do coração.
  • Perdeu o interesse pelo passatempo quando deixou de praticá‑lo; prova que, por vezes, longe dos olhos é longe do coração.
  • A empresa deixou de comunicar com antigos clientes e estes acabaram por perder a ligação — longe da vista, longe do coração.

Variações Sinónimos

  • Longe da vista, longe do coração.
  • O que os olhos não veem, o coração não sente.
  • Out of sight, out of mind (inglês).
  • Procul a oculis, procul a corde (latim, variante atribuída).

Relacionados

  • O que os olhos não veem, o coração não sente.
  • Ausência faz crescer o amor — (dito contrário usado em contextos românticos).
  • Memória curta — expressão coloquial relacionada à tendência de esquecer.

Contrapontos

  • A ausência fortalece o amor — ideia oposta que sustenta que a distância pode intensificar sentimentos.
  • A comunicação mantém os laços — apontando que contacto regular impede o esquecimento.
  • Laços profundos não se desfazem com a distância — experiência emocional que contraria o provérbio.

Equivalentes

  • inglês
    Out of sight, out of mind.
  • latim
    Procul a oculis, procul a corde.
  • espanhol
    Ojos que no ven, corazón que no siente.
  • francês
    Loin des yeux, loin du cœur.
  • italiano
    Lontano dagli occhi, lontano dal cuore.