Longe do olhar, longe da alma.
Quando alguém ou algo deixa de estar presente nos sentidos habituais, tende a ser esquecido ou a perder intensidade emocional.
Versão neutra
Quando algo ou alguém deixa de ser visto com regularidade, tende a ser esquecido ou a preocupar menos emocionalmente.
Faqs
- Este provérbio significa que a ausência elimina sempre o sentimento?
Não. Expressa uma tendência geral: a ausência reduz a visibilidade e, muitas vezes, a intensidade emocional, mas relações fortes, recordações e comunicação podem contrariar esse efeito. - Qual é a origem deste provérbio?
Tem origem popular e é partilhado por várias culturas. A forma inglesa 'Out of sight, out of mind' é registada desde o século XVI, mas não há autor conhecido para a versão portuguesa. - É apropriado usar este provérbio em contexto profissional?
Sim, pode aplicar-se a clientes, projetos ou prioridades que desaparecem da atenção quando deixam de ser visíveis. Deve usar‑se com cuidado para evitar parecer insensível. - Há formas de contrariar o efeito descrito pelo provérbio?
Sim: manter contacto regular, criar rituais de lembrança, usar tecnologia para presença simbólica e cultivar memórias partilhadas ajudam a preservar afetos e prioridades.
Notas de uso
- Usa-se sobretudo para falar de sentimentos (amor, amizade) e da tendência humana para esquecer ou dar menos importância a quem/às coisas que não se vêem.
- Também se aplica a objetos, ideias ou situações: ausência física reduz visibilidade e, por consequência, relevância.
- Pode ter tom crítico (constata um fenómeno) ou normativo (aconselha manter proximidade para preservar laços).
- Nem sempre é verdadeiro: associações fortes, recordações ou meios de comunicação podem contrariar o provérbio.
Exemplos
- Depois que ele se mudou para o estrangeiro, o contacto foi diminuindo; é o típico caso de 'longe do olhar, longe da alma'.
- Guardei os brinquedos no sótão e, passado pouco tempo, quase nem me lembrava deles — prova de que, por vezes, longe do olhar, longe da alma.
- No debate público, um tema desapareceu dos jornais e com isso perdeu urgência política: longe do olhar, longe da alma.
Variações Sinónimos
- Longe dos olhos, longe do coração.
- O que os olhos não veem o coração não sente.
- Out of sight, out of mind (inglês).
- Ojos que no ven, corazón que no siente (espanhol).
Relacionados
- O que os olhos não veem o coração não sente.
- Quem não é visto não é lembrado.
- Ausência faz crescer o coração (contraponto popular).
Contrapontos
- Ausência pode fortalecer laços: muitas relações sobrevivem e aprofundam-se apesar da distância ('ausência fortalece o afeto').
- Meios de comunicação modernos (videochamada, redes sociais) reduzem o efeito do provérbio ao manter presença simbólica.
- Memórias, rituais e compromissos conscientes ajudam a manter a ligação mesmo quando não há contacto físico regular.
Equivalentes
- Inglês
Out of sight, out of mind. - Espanhol
Ojos que no ven, corazón que no siente. - Francês
Loin des yeux, loin du cœur. - Italiano
Lontano dagli occhi, lontano dal cuore.