Quem ameaça, sua ira gasta.
Sugere que quem profere ameaças está a descarregar a sua raiva e, frequentemente, não leva a ameaça adiante — o perigo imediato diminui.
Versão neutra
Quem profere ameaças frequentemente gasta a sua raiva nelas e acaba por não agir.
Faqs
- O que significa exatamente este provérbio?
Significa que as ameaças muitas vezes servem para descarregar raiva ou intimidar verbalmente, e quem as faz tende a não concretizar a acção ameaçada. - Posso usar este provérbio para minimizar uma ameaça real?
Não; o provérbio descreve uma tendência geral, mas cada situação exige avaliação. Ameaças concretas ou antecedentes de violência devem ser levados a sério. - Em que contextos é apropriado usar este provérbio?
Em conversas informais sobre conflitos pessoais, política retórica ou quando se quer apontar que alguém está a falar com veemência sem intenção de agir. - Tem origem histórica conhecida?
Não há origem histórica documentada para este provérbio na informação disponível; parece resultar da sabedoria popular transmitida oralmente.
Notas de uso
- Usa-se para observar que a veemência verbal pode funcionar como válvula de escape emocional.
- Empregado em contextos informais e sábios populares; tem tom de conselho ou observação social.
- Não deve ser usado para minimizar ou ignorar ameaças reais ou situações de risco — avaliar sempre o contexto.
- Adequado para conflitos pessoais, discussões políticas retóricas ou exageros verbais no trabalho.
Exemplos
- O chefe ameaçou despedir metade da equipa numa reunião, mas passadas duas semanas voltou ao normal — quem ameaça, sua ira gasta.
- Quando o irmão se zangou e jurou que ia embora, acabou por ficar; às vezes as palavras são apenas desabafo.
- Na campanha, muitos candidatos usam retórica agressiva para impressionar, mas raramente traduzem ameaças em acção.
Variações Sinónimos
- Quem ameaça muito, pouco faz.
- Ameaças são muitas vezes fogo de vista.
- Mais barulho do que acto.
Relacionados
- Bark is worse than bite (equivalente em sentido)
- Quem muito promete pouco cumpre (parente em desconfiança versus acção)
- Mais barulho do que acção
Contrapontos
- Nem sempre; algumas ameaças são precursoras de acção e devem ser levadas a sério.
- A cultura e o contexto (por exemplo, regimes autoritários, relações abusivas) influenciam se uma ameaça é meramente verbal ou efetiva.
- Avaliar quem faz a ameaça, os meios disponíveis e antecedentes é essencial antes de descartá-la.
Equivalentes
- Inglês
His bark is worse than his bite. - Francês
Il aboie mais qu'il ne mord. - Espanhol
El que mucho promete poco cumple / Mucho ruido y pocas nueces (em sentido próximo).