Quem gasta menos do que tem, é prudente; quem gasta mais do que tem, mostra que siso não tem
Enaltece a prudência financeira: gastar menos (ou até igual) ao que se tem é sensato; gastar mais revela falta de juízo e risco de problemas.
Versão neutra
Quem gasta menos do que ganha é prudente; quem gasta mais do que ganha demonstra falta de juízo.
Faqs
- Quando posso usar este provérbio?
Use-o ao aconselhar alguém sobre orçamento ou quando se quer criticar decisões de consumo que parecem irrazoáveis. Funciona bem em conversas informais e em textos de orientação financeira. - O provérbio aplica-se sempre?
Não necessariamente. Há situações em que gastar é investir (educação, saúde, negócio) e pode justificar exceder despesas temporariamente, desde que planeado. - É uma expressão moralizadora?
Sim — contém juízo de valor sobre comportamento. Ao usá-la, convém ter em conta contexto social e económico para não parecer condescendente.
Notas de uso
- Tom didáctico — costuma ser usado para aconselhar ou criticar decisões de consumo.
- Aplicável a finanças pessoais, orçamentos familiares e gestão empresarial de pequena escala.
- Registo: coloquial com tom moralizador; pode soar paternalista se usado de forma categórica.
- Não distingue entre gastar em consumo e investir — em contextos modernos convém clarificar se o gasto é investimento.
Exemplos
- Depois de receber o bónus, decidiu guardar parte do dinheiro; afinal, quem gasta menos do que tem, é prudente.
- Endividar-se para comprar coisas supérfluas pode trazer problemas: quem gasta mais do que tem, mostra que siso não tem.
- Ao planear o orçamento familiar, lembraram-se do provérbio e reduziram despesas para não gastar mais do que ganham.
Variações Sinónimos
- Quem gasta menos do que ganha é prudente.
- Gasta-se menos do que se tem e vive-se com juízo.
- Não gastes mais do que tens.
- Poupar hoje para evitar aperto amanhã.
Relacionados
- Não se dá o que não se tem (sobre limites económicos)
- Casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão (sobre consequências do desperdício)
- Guardar para tempos difíceis
Contrapontos
- Gastar pode gerar qualidade de vida imediata; extremo apego à poupança pode reduzir bem-estar.
- Alguns gastos são investimento (formação, saúde, equipamento) e não devem ser encarados apenas como extravagância.
- Cultura e circunstâncias económicas influenciam o que é entendido por 'prudente' — em épocas de inflação, poupar em cash pode não ser sensato.
Equivalentes
- inglês
Don't spend more than you earn; neither a borrower nor a lender be (parcialmente equivalente). - espanhol
No gastes más de lo que tienes; mejor ahorrar que lamentar. - francês
Ne dépense pas plus que ce que tu as; la prudence financière est de mise.