Quem as coisas muito apura, não vive vida segura.
Alerta contra a curiosidade excessiva, a intromissão ou o escrutínio exagerado: quem procura sempre saber ou averiguar demasiado expõe‑se a riscos e conflitos.
Versão neutra
Quem investiga tudo em demasia arrisca a sua segurança.
Faqs
- O provérbio condena totalmente a investigação e a curiosidade?
Não. Trata‑se de um aviso sobre os riscos da intromissão e do escrutínio exagerado. Reconhece‑se prudência, não nega o valor da investigação responsável. - Quando é apropriado usá‑lo?
Quando alguém insiste em investigar assuntos alheios sem necessidade ou sem precauções, ou quando a procura de pormenores pode provocar confronto, perigo ou problemas legais. - Pode ser mal interpretado como encorajamento ao silêncio perante injustiças?
Sim — por isso é importante distinguir o contexto: o provérbio aplica‑se ao excesso e à intromissão imprudente, não à ocultação de crimes ou violências. Em caso de ilegalidades, procurar ajuda adequada é obrigatório.
Notas de uso
- Usa‑se quando se quer advertir alguém que investiga ou se intromete excessivamente em assuntos alheios.
- Aplica‑se tanto a situações interpessoais (fofocas, família, vizinhança) como a investigações imprudentes (procurar provas sem cautela).
- Não é uma justificação para ocultar abusos ou crimes; deve ser interpretado como aviso sobre prudência, não como desculpa para impunidade.
- Regista um juízo prudencial: valoriza‑se evitar problemas que surgem do excesso de curiosidade ou da procura insistente de detalhes.
Exemplos
- O João começou a mexer nos documentos antigos da empresa e acabou por ser despedido; quem as coisas muito apura, não vive vida segura.
- Na aldeia, muita gente preferiu não reabrir velhas desavenças — sabem que quem as coisas muito apura pode provocar mais problemas do que soluções.
Variações Sinónimos
- Quem muito remexe, acaba mal.
- Quem procura saber demais, arrisca-se.
- Não peças mais do que te dizem.
Relacionados
- A curiosidade matou o gato.
- Não metas o nariz onde não te chamam.
- Quem tudo quer saber, tudo perde.
Contrapontos
- A curiosidade é a mãe da ciência. (valoriza a investigação e a busca do conhecimento)
- Quem não arrisca não petisca. (defende tomar iniciativas em vez de evitar riscos)
Equivalentes
- inglês
Curiosity killed the cat. - espanhol
La curiosidad mató al gato. - francês
La curiosité est un vilain défaut.