Quem muito se apura, pouco dura

Quem muito se apura, pouco dura.

Advertência de que a precipitação, o exagero ou o empenho desmedido levam ao desgaste, erro ou esgotamento, reduzindo a duração ou eficácia de algo.

Versão neutra

Quem se apressa em demasia não tem continuidade; a precipitação reduz a durabilidade ou eficácia.

O que significa exactamente este provérbio?
Significa que a pressa excessiva, o empenho desmedido ou o querer resultados imediatos podem provocar erros, desgaste ou esgotamento, fazendo com que algo não dure ou não seja bem-sucedido.
Quando devo usar este provérbio?
Use-o ao aconselhar moderação no trabalho, em projectos, na saúde ou em decisões pessoais — sempre que a precipitação ou o excesso possam comprometer a continuidade ou qualidade.
É o mesmo que 'A pressa é inimiga da perfeição'?
Está próximo no sentido de alertar contra a pressa, mas o provérbio em questão acrescenta a ideia de desgaste ou falta de duração causada pelo excesso, não apenas de erro.
É apropriado em contextos formais?
Funciona sobretudo em registos informais a neutros. Em contextos muito formais ou técnicos, prefira linguagem explícita (por exemplo, 'uma abordagem sustentada evita esgotamento e falhas').

Uso comum como conselho popular — tom proverbial, não científico.
Aplica-se a trabalho, hábitos de vida, relacionamentos e projetos: alerta contra excesso de pressa ou esforço contínuo sem moderação.
Registo: informal a neutro; adequado em conversa, crónica ou texto de orientação prática.
Gramática: funciona como oração completa; pode ser usada isolada ou seguida de explicação contextual.
Não implica que esforço seja mau em si, mas que o excesso ou a pressa têm custos.

O João trabalhou 14 horas por dia durante meses e acabou por adoecer — realmente, quem muito se apura, pouco dura.
Na manutenção da máquina, preferimos ir com calma e cumprir os passos: quem muito se apura, pouco dura; pressas agora podem causar avarias depois.
Ela queria terminar o projecto em três dias, mas acabou por cometer erros; provou que quem muito se apura, pouco dura.

Devagar se vai ao longe — defende ritmos sustentáveis para resultados duradouros.
A pressa é inimiga da perfeição — sobre erros resultantes da precipitação.
Quem muito abarca, pouco aperta — sobre tentar fazer demasiado e conseguir pouco.

Quem não arrisca, não petisca — enfatiza a necessidade de tomar iniciativas, mesmo arriscadas.
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura — valoriza persistência e ritmo contínuo.
Mais vale rápido do que nunca (contextual) — situações em que a rapidez é vantajosa.