Quem cala consente. 
					Indica que o silêncio pode ser interpretado como concordância ou aceitação de algo.
Versão neutra
O silêncio pode ser interpretado como concordância, mas depende do contexto.
Faqs
- O silêncio é sempre válido como consentimento?
Não. O valor do silêncio depende do contexto e da lei aplicável. Em muitos casos, especialmente em matéria médica ou contratual, exige-se consentimento expresso. - Como evitar interpretações erradas do silêncio?
Peça confirmação escrita ou verbal, defina prazos claros para resposta e use formas de comunicação que registrem a aceitação, como e-mail ou contrato assinado. - Quando o silêncio é tratado formalmente como aceitação?
Em alguns procedimentos administrativos ou contratos com cláusulas específicas, a lei ou as regras do procedimento podem prever que a falta de oposição num prazo equivale a aceitação tácita. - Que precauções devo ter ao aplicar este provérbio numa decisão coletiva?
Assegure que todos dispõem de informação suficiente, tempo razoável para responder e meios para o fazer; em decisões importantes, exija manifestação explícita. 
Notas de uso
- Usado para justificar a interpretação de não oposição como aprovação, especialmente em contextos informais ou administrativos.
 - Em direito, a presunção de consentimento por silêncio existe em situações concretas (por exemplo, prazos de resposta em procedimentos administrativos), mas não é universal.
 - Não deve ser aplicado automaticamente: o silêncio pode resultar de medo, desinformação, incapacidade de resposta ou outras causas que não significam concordância.
 - É apropriado pedir confirmação explícita quando a decisão tem consequências legais, financeiras ou pessoais relevantes.
 
Exemplos
- Numa reunião, se ninguém contestar a proposta durante a votação informal, o presidente pode entender que quem cala consente e avançar com a decisão.
 - Num procedimento administrativo com prazo para oposição, a falta de resposta costuma ser tratada como aceitação tácita, ou seja, quem cala consente segundo as regras aplicáveis.
 - Não confies sempre no silêncio: se alguém não respondeu à mensagem por estar doente, isso não significa que consinta na proposta — convém confirmar por outra via.
 - Num grupo familiar, esperar que alguém manifeste discordância pode causar mal-entendidos; é melhor pedir uma posição explícita em temas importantes.
 
Variações Sinónimos
- Quem não diz nada, consente
 - Quem cala dá consentimento
 - Quem se cala, consente
 - Qui tacet consentire videtur (latim)
 
Relacionados
- Silêncio administrativo (apreciação tácita)
 - Consentimento expresso vs. tácito
 - Princípio do silêncio não sendo suficiente em questões éticas
 - Comunicação clara e confirmação
 
Contrapontos
- O silêncio não é prova segura de concordância: pode resultar de medo, confusão, ausência ou incapacidade de se exprimir.
 - Em questões éticas e legais contemporâneas, exige-se frequentemente consentimento explícito (ex.: procedimentos médicos, contratos eletrónicos).
 - Algumas jurisdições adotam o princípio oposto em determinadas matérias: silêncio não implica aceitação.
 
Equivalentes
- Latim
Qui tacet consentire videtur - Inglês
Silence implies consent - Espanhol
Quien calla otorga - Francês
Qui se tait consent - Alemão
Schweigen gilt als Zustimmung