Quem desconfia, não é de confiar.
Quem demonstra desconfiança constante tende a inspirar desconfiança e pode ser considerado pouco credível.
Versão neutra
Quem desconfia habitualmente tende a não merecer a confiança dos outros.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa‑se para criticar alguém que demonstra desconfiança sem motivo ou de forma persistente, destacando a contradição entre desconfiar dos outros e merecer confiança. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser percebido como acusatório e ofensivo, porque implica que a pessoa é pouco credível. Deve ser usado com cuidado, sobretudo em contextos formais. - Tem fundamento psicológico?
Sim: comportamento desconfiado pode gerar ressentimento e afastamento, levando outros a responder com reserva. Contudo, a desconfiança também pode resultar de experiências legítimas. - Significa que jamais se deve desconfiar?
Não. O provérbio destaca uma consequência social da desconfiança persistente, mas não pretende proibir a prudência ou a verificação de factos.
Notas de uso
- Tom frequentemente acusatório ou moralizante; usado para reprovar alguém que desconfia sem provas.
- Registo: informal a neutro; comum em linguagem quotidiana e debates morais.
- Pode ser usado tanto para apontar hipocrisia (quem acusa, pode ser culpado) como para criticar pessimismo excessivo.
- Não é indicação universal de verdade — é uma observação social sobre reciprocidade e imagem pessoal.
Exemplos
- Quando Marta começou a culpar colegas sem provas, o chefe lembrou‑lhe: 'Quem desconfia, não é de confiar.'
- Numa reunião familiar, João disse que não queria partilhar detalhes porque 'quem desconfia, não é de confiar', numa crítica à atitude desconfiada de outro membro.
- Num texto sobre liderança: 'A desconfiança contínua corrói relações profissionais — quem desconfia, não é de confiar.'
Variações Sinónimos
- Quem vive desconfiado inspira desconfiança.
- Quem desconfia demais, não merece confiança.
- Desconfiar continuamente acaba por tornar‑se indício de falta de fiabilidade.
Relacionados
- Prudência
- Hipocrisia
- Reciprocidade da confiança
- Provas e acusações
Contrapontos
- A prudência e a verificação de facts podem ser necessárias para evitar abuso — desconfiar nem sempre é sinal de carácter duvidoso.
- Confiar é essencial às relações; generalizar que quem desconfia não é de confiar pode ser injusto para quem foi magoado no passado.
- Melhor prevenir do que remediar: alguma desconfiança protege contra fraudes e traições.
Equivalentes
- Inglês
He who mistrusts is not to be trusted (or: He that suspects every man deserves not to be trusted). - Espanhol
Quien desconfía no es de fiar. - Francês
Qui se méfie ne mérite pas la confiance. - Italiano
Chi sospetta non è degno di fiducia. - Alemão
Wer mißtraut, ist nicht vertrauenswürdig.