Quem deve cem e tem cento e um, não teme a nenhum.

Quem tem um pouco mais do que deve encontra-se numa posição de segurança e não precisa recear credores ou ameaças financeiras.

Versão neutra

Quem deve cem e tem cento e um está em vantagem e não teme ninguém.

Qual é a origem deste provérbio?
A origem precisa é desconhecida; trata-se de um ditado popular transmitido oralmente, típico da tradição de provérbios ligados ao dinheiro e à prudência.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa-se para sublinhar que uma pessoa ou grupo com ligeira vantagem financeira ou de recursos não precisa temer opositores ou credores; aplica-se tanto em contextos literais como figurados.
Este provérbio encoraja a contrair dívidas?
Não. O provérbio descreve a sensação de segurança de quem tem mais do que deve; não é um conselho para assumir dívidas, antes uma observação sobre poder e segurança.
Como interpretar figuradamente?
Figuradamente, refere-se a qualquer situação em que uma vantagem (recursos, informação, apoio) reduz o receio perante adversários ou riscos.

Registo: popular e coloquial; usa-se em linguagem corrente e oral.
Uso literal: refere-se a uma vantagem financeira concreta (ter mais bens do que dívidas).
Uso figurado: aplica-se a situações de vantagem ou superioridade que reduzem o medo perante opositores.
Não deve ser entendido como incentivo à dívida; realça a segurança que advém de ter capacidade para liquidar obrigações.

Depois de receber o bónus e saldar as contas, João disse: «Quem deve cem e tem cento e um, não teme a nenhum» — agora posso negociar com mais calma.
No debate empresarial, a equipa com reservas financeiras entrou confiante: quem deve cem e tem cento e um não teme a nenhum.

Quem muito tem pode perder tudo — ter mais não garante segurança eterna.
Não gastes mais do que tens — evitar dívidas é a prevenção mais segura.
Mais vale prevenir do que remediar — evitar o risco é melhor do que confiar apenas na reserva.