Teme quem deve, e quem não deve, não teme.

Teme quem deve, e quem não deve, não teme.
 ... Teme quem deve, e quem não deve, não teme.

Quem tem culpa ou responsabilidade sente medo; quem é inocente não tem razões para temer.

Versão neutra

Tem medo quem tem motivo para isso; quem não tem motivo, não tem medo.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
    Significa que a culpa ou responsabilidade costuma gerar medo de ser apanhado ou punido; por isso, quem não tem culpa não tem motivo para temer.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    É usado para comentar comportamentos que parecem indicar responsabilidade por algo errado, sobretudo em contextos de acusação ou suspeita, sempre com cuidado para não presumir culpas sem prova.
  • Pode ser considerado ofensivo ou injusto?
    Sim; usado de forma leviana pode reforçar vitimização ou justificar intimidação. Deve evitar‑se quando há risco de prejudicar pessoas inocentes ou em situações de desigualdade de poder.

Notas de uso

  • Usa-se para apontar que o receio de consequências costuma revelar responsabilidade ou culpa.
  • Frequentemente empregado em contextos judiciais, disciplinares ou de acusação moral.
  • Pode ser retórico e funcionar como forma de pressão: cuidado para não converter a frase em justificação para intimidação ou vitimização.
  • Não tem em conta situações em que inocentes temem por razões externas (abuso de poder, injustiça, estigma social).

Exemplos

  • Quando a polícia chegou, o suspeito ficou pálido — teme quem deve, e quem não deve, não teme.
  • Na reunião, quem havia alterado os relatórios mostrou nervosismo; os outros mantiveram-se calmos — quem deve teme, quem não deve, não teme.
  • Ela respondeu com serenidade às acusações; isso reforçou a ideia de que, de facto, quem não deve, não teme.

Variações Sinónimos

  • Quem deve, teme; quem não deve, não teme.
  • Quem tem culpa, tem medo; quem não tem culpa, não teme.
  • Não teme quem não deve.

Relacionados

  • Quem não deve, não teme (forma abreviada e muito usada).
  • A consciência tranquila não teme a acusação (expressão de sentido próximo).
  • Quem tem culpa sente pressão (variação explanatória).

Contrapontos

  • Nem sempre o medo equivale a culpa: inocentes podem temer acusações injustas ou represálias.
  • O provérbio simplifica relações de poder — pessoas vulneráveis podem temer mesmo sem terem feito nada.
  • Em sociedades com instituições falhas, o medo não é um indicador fiável de culpa.

Equivalentes

  • Inglês
    He who is guilty fears; he who is innocent does not fear.
  • Espanhol
    Teme quien debe, y quien no debe, no teme.
  • Francês
    Celui qui est coupable a peur; celui qui est innocent ne craint rien.