Quem teme, algo deve.

Sugere que quem demonstra medo ou receio pode ter culpa, segredo ou responsabilidade por algo.

Versão neutra

Quem mostra medo pode estar a esconder algo ou a sentir-se culpado.

O provérbio significa que o medo é sempre sinal de culpa?
Não. O provérbio reflete uma intuição popular mas não é prova lógica. O medo pode ter causas diversas — prudência, trauma, timidez — e não implica automaticamente culpa.
É apropriado usar este provérbio em contextos formais?
Geralmente não. Em contextos formais ou judiciais pode ser considerado falacioso e injusto, porque baseia-se em suposição e não em evidência.
Quando pode ser aceitável empregar este provérbio?
Em conversas informais para expressar desconfiança ou ironia, ou para explicar por que uma atitude gerou suspeitas. Deve evitar‑se como justificação exclusiva para acusar alguém.

Usa‑se frequentemente para justificar suspeitas quando alguém reage com nervosismo ou evita responder.
É de tom acusatório e coloquial; não é prova de culpa, apenas expressão de desconfiança popular.
Em contextos formais ou judiciais, é falacioso: o medo pode ter muitas causas inocentes (timidez, trauma, prudência).
Pode ser empregado ironicamente para apontar reações exageradas sem fundamento real.

Quando o polícia perguntou e ele se encolheu e gaguejou, alguém murmurou: 'Quem teme, algo deve.'
No debate, a troca de acusações foi cortada por um editor: 'Não presumas culpa — lembrar o provérbio “Quem teme, algo deve” não é prova.'
Ao ser confrontada com a falta de documentos, a sua resposta evasiva levou os colegas a comentar: 'Quem teme, algo deve', embora pudesse ser apenas nervosismo.