Quem em Maio relva, não tem pão nem erva.

Quem em Maio relva, não tem pão nem erva.
 ... Quem em Maio relva, não tem pão nem erva.

Alerta sobre semear, trabalhar ou agir fora do tempo certo: se se deixa a terra 'relvar' em Maio perde-se a colheita e o pasto; figurativamente, negligência ou má temporização levam à falta de recursos.

Versão neutra

Quem deixa a terra coberta de erva em maio arrisca perder a colheita e o pasto; por extensão, quem age fora do tempo certo ou descuida perde o que precisava.

Faqs

  • Qual é a origem deste provérbio?
    É de origem popular e agrícola; refere‑se à prática e ao risco de a terra ficar coberta por erva na estação de sementeira (primavera), prejudicando cereais e forragem. Não há uma origem documental única conhecida.
  • O que significa em termos práticos?
    Significa que agir fora do tempo certo ou descuidar tarefas essenciais pode levar à perda de recursos — literalmente a perda da colheita e do pasto, figurativamente a falha em objetivos importantes.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Use‑o para avisar contra a procrastinação, má temporização ou negligência, sobretudo em contextos informais. Em contextos técnicos, explique o sentido agrícola antes de usar a expressão.
  • É equivalente a 'Make hay while the sun shines'?
    São provérbios relacionados: ambos falam da importância do timing. 'Make hay while the sun shines' incentiva a aproveitar a oportunidade; este provérbio adverte sobre as consequências de não o fazer. Não são idênticos, mas partilham a mesma preocupação com o tempo.

Notas de uso

  • Origem agrícola: refere-se ao risco de a terra ficar tomada por erva (relva) em plena época de sementeira, prejudicando a produção de cereais e forragem.
  • Usa‑se tanto no sentido literal (agricultura/pecuária) como figurado (planeamento, trabalho, estudos, investimentos).
  • Registo: popular e coloquial; adequado em conversas informais e em textos sobre sabedoria prática, menos indicado em contextos científicos sem explicação.
  • Pode servir como aviso sobre o timing: agir tarde ou descuidar uma tarefa conduz a perdas evitáveis.

Exemplos

  • Literal: O António deixou os campos por limpar em abril e, como se diz, quem em Maio relva, não tem pão nem erva — a seara ficou prejudicada.
  • Figurado: Se adias a revisão das máquinas até à última hora, depois não te queixes; quem em Maio relva, não tem pão nem erva.
  • Figurado 2: Na universidade, quem estudia só nas vésperas arrisca falhar: quem em Maio relva, não tem pão nem erva.

Variações Sinónimos

  • Quem semeia fora de tempo, perde a colheita.
  • Quem colhe tarde, come pouco.
  • Quem não trata cedo, depois padece.

Relacionados

  • Quem semeia, colhe.
  • Mais vale prevenir do que remediar.
  • Faz o que tens de fazer hoje e não deixes para amanhã.

Contrapontos

  • Nem sempre um atraso é fatal; em algumas culturas ou circunstâncias climáticas, a recuperação é possível.
  • Existem situações em que a paciência ou espera traz vantagens — por isso o conselho não é universal.
  • Prover recursos ou ajuda externa pode compensar um erro de timing, contrariando o pessimismo do provérbio.

Equivalentes

  • Inglês
    Literal/parecido: 'He who lets the grass grow in May will have neither bread nor hay.' (equivalente aproximado) — relacionado ao conselho 'Make hay while the sun shines.'
  • Espanhol
    Tradução aproximada: 'Quien deja la hierba en mayo, no tiene pan ni forraje.' (variação literal usada regionalmente)
  • Francês
    Tradução aproximada: 'Qui laisse l'herbe en mai n'a ni pain ni foin.' (equivalente literal/explicativo)
  • Italiano
    Tradução aproximada: 'Chi lascia l'erba a maggio non ha né pane né fieno.' (equivalente literal)

Provérbios