Quem em Março come sardinha, em Agosto lhe pica a espinha

Quem em Março come sardinha, em Agosto lhe pica a ... Quem em Março come sardinha, em Agosto lhe pica a espinha.

Advertência de que prazeres ou decisões imediatas podem ter consequências desagradáveis mais tarde.

Versão neutra

O que se faz por impulso ou sem ponderação pode causar inconvenientes no futuro.

Faqs

  • Este provérbio deve ser entendido literalmente?
    Principalmente não: é usada sobretudo como metáfora sobre consequências futuras de actos imediatos. A leitura literal refere-se a práticas alimentares antigas e à sazonalidade do peixe.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer advertir alguém sobre gastos imprudentes, falta de manutenção, decisões impulsivas ou comportamentos que provavelmente trarão problemas mais tarde.
  • Tem origem histórica comprovada?
    Não há registo documental preciso da origem; trata‑se de um provérbio de tradição oral provavelmente derivado de observações sobre hábitos de consumo e consequências sazonais.

Notas de uso

  • Usa-se figurativamente para alertar sobre custos futuros de escolhas impulsivas (gastos, descuidos, vícios).
  • Também pode ser citado de forma irónica quando alguém sofre as consequências previsíveis de algo que fez.
  • Em contexto literal refere-se à noção tradicional de que consumir peixe fora de época ou mal conservado dá problemas (hoje em dia menos aplicável graças à refrigeração).

Exemplos

  • Gastou todas as poupanças nas férias; quem em Março come sardinha, em Agosto lhe pica a espinha — agora não tem dinheiro para o seguro do carro.
  • Ignoraram a revisão da caldeira e depois ficaram sem aquecimento: uma situação típica de ‘quem em Março come sardinha, em Agosto lhe pica a espinha’.
  • Usado literalmente por um pescador mais velho: 'Se comes sardinha mal conservada em Março, depois pagas com dor de barriga — por isso é que digo o provérbio.'

Variações Sinónimos

  • Quem comer sardinha em Março, em Agosto tem a espinha.
  • Quem em Março come sardinha, em Agosto paga a espinha.
  • Prazer imediato, custo depois.

Relacionados

  • Quem semeia vento colhe tempestade (consequências das ações).
  • Mais vale prevenir do que remediar (prevenção evita problemas futuros).
  • Quem espera desespera (contraste sobre a gestão das expectativas e consequências).

Contrapontos

  • Interpretação literal é fraca hoje: conservação e transporte modernos diminuem o risco real de problemas alimentares fora de época.
  • Nem toda escolha com prazer imediato tem necessariamente consequências negativas; contexto e gestão podem mitigar riscos.
  • Prover um sentido moralizante: pode ser usado para culpar pessoas por situações resultantes de factores externos, não só das suas decisões.

Equivalentes

  • espanhol
    Quien come sardinas en marzo, en agosto se clava la espina (variante espanhola semelhante).
  • inglês
    Short-term pleasure, long-term pain (equivalente de ideia — prazer imediato com consequências posteriores).
  • francês
    Plaisir immédiat, conséquence plus tard (parafrasseando a ideia do provérbio).

Provérbios