Indica que quem já ocupou uma posição elevada ou teve grande prestígio continua a ser tratado com respeito ou conserva um estatuto simbólico, mesmo depois de perder o cargo.
Versão neutra
Quem ocupou um cargo elevado tende a ser ainda tratado com respeito.
Faqs
O que significa exactamente este provérbio? Significa que a experiência ou o estatuto adquirido no passado tende a conferir um respeito duradouro, mesmo após a perda do cargo.
Posso usar este provérbio de forma irónica? Sim. É comum usar‑lo ironicamente para criticar pessoas que exigem privilégios com base no estatuto antigo.
É ofensivo ou discriminatório usar este provérbio? Por si só não é ofensivo, mas pode reforçar deferência injustificada a privilégios. Deve‑se ter cuidado no contexto em que é aplicado.
Notas de uso
Usa‑se tanto de forma literal (referindo‑se a antigos monarcas) como metafórica (referindo‑se a quem teve cargos ou prestígio).
Pode ser empregue de tom laudatório ou irónico, dependendo do contexto e da entoação.
É mais comum em registos formais ou em comentários sobre hierarquias sociais e memória colectiva.
Não deve ser tomado como justificativa automática para privilégios: descreve uma tendência social, não uma norma moral.
Exemplos
Mesmo depois de ter abdicado, o antigo monarca continuou a receber honras protocolares; como disse um jornalista, 'quem foi rei, sempre é majestade'.
Na empresa, ninguém contradizia a antiga directora durante as apresentações — um caso típico de quem foi rei, sempre é majestade, usado com alguma ironia.
Variações Sinónimos
Quem já foi rei, nunca perde a majestade.
Quem foi rei nunca deixa de ser respeitado.
Rei que foi, sempre será tratado com respeito.
Quem teve prestígio, conserva alguma autoridade simbólica.
Relacionados
O hábito não faz o monge (diferença entre aparência e essência)
Glória passada não põe pão na mesa (cuidado com confiar só no passado)
Memória colectiva e deferência a cargos antigos
Contrapontos
Ter sido rei (ou ocupar um cargo passado) não garante competência actual nem legitimidade para decisões presentes.
A deferência baseada apenas no estatuto passado pode perpetuar privilégios imerecidos.
Sociedades em mudança podem retirar ou relativizar a majestade associada a posições antigas.