Quem foi rei, nunca perde a majestade.
Quem já teve posição de prestígio ou autoridade tende a manter respeito, comportamento ou aura associados a esse estatuto, mesmo depois de perder o cargo.
Versão neutra
Quem teve poder tende a conservar a sua dignidade e o respeito associado.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa-se ao falar de alguém que, apesar de já não ter o cargo ou posição, mantém respeito, comportamento ou autoridade associados ao estatuto anterior. - É sempre um elogio?
Não. Pode ser elogioso, reconhecendo dignidade e experiência, ou irónico, criticando uma atitude de superioridade desprovida de fundamento atual. - Tem origem histórica conhecida?
Não há origem documentada específica atribuída a este provérbio; é uma expressão da sabedoria popular que evoca a ideia de prestígio duradouro. - É adequado em contextos formais?
Depende do tom: em contexto formal, pode ser interpretado como literário ou jocoso. Use-o com cuidado para evitar ambiguidade.
Notas de uso
- Usado para reconhecer o prestígio duradouro de alguém que ocupou um lugar de destaque (político, social, profissional).
- Pode ser usado tanto como elogio (reconhecimento de dignidade) como ironia (quando alguém mantém atitudes de superioridade sem fundamento atual).
- Aplica-se a reputações formadas ao longo do tempo: experiência, maneira de estar e hábitos permanecem mesmo após a perda do título.
- Nem sempre é literal: refere-se mais à perceção social e ao comportamento do indivíduo do que a prerrogativas formais.
Exemplos
- Mesmo após a demissão, os antigos ministros eram recebidos com consideração — quem foi rei, nunca perde a majestade.
- Diziam que já não tinha cargo, mas continuava a andar com passo firme e falar com autoridade; foi preciso lembrar-se que quem foi rei, nunca perde a majestade.
- Quando o ator regressou à cidade pequena, os colegas ainda o tratavam com deferência; a fama deixa marcas — quem foi rei, nunca perde a majestade.
Variações Sinónimos
- Quem foi rei, nunca deixa de o parecer.
- Quem teve poder mantém a sua autoridade.
- O antigo senhor continua a ser respeitado.
- A majestade de quem foi nunca se perde.
Relacionados
- A experiência não se perde.
- A fama antecede quem a tem.
- O hábito permanece com a pessoa.
Contrapontos
- A glória é passageira — a posição pode desaparecer e a imagem pública mudar.
- Hoje no topo, amanhã no chão — as fortunas mudam e o estatuto pode ser perdido.
- O poder não garante respeito eterno; atitudes e contexto mudam a perceção.
Equivalentes
- inglês
Once a king, always a king (ou: You can take the king out of the castle, but you can't take the castle out of the king). - espanhol
Quien fue rey, nunca pierde la majestad. - francês
Qui fut roi, ne perd jamais sa majesté.