Quem governa, faz a lei

Quem governa, faz a lei.

Quem detém o poder tende a determinar as regras e a forma como são aplicadas.

Versão neutra

Quem tem o poder estabelece as regras.

O provérbio significa que todas as leis são injustas?
Não necessariamente. O provérbio sublinha que o poder influencia a criação e aplicação das leis; não afirma que todas as leis são injustas, antes alerta para a possibilidade de interesse e parcialidade.
É apropriado usar este provérbio em discurso formal?
Pode ser usado em textos de opinião, análise política ou discursos críticos, mas convém esclarecer o contexto e evitar generalizações em textos técnicos ou jurídicos.
Tem conotação negativa?
Frequentemente tem conotação crítica, porque evoca abuso ou concentração de poder, mas também pode ser usado de forma neutra para descrever realidades políticas.

Usa‑se para criticar a concentração de poder ou para constatar que decisões jurídicas e administrativas refletem interesses dos governantes.
Pode ser proferido de forma irónica, acusatória ou descritiva, dependendo do contexto.
Registo: comum em conversas políticas e textos de opinião; não é típico de linguagem técnica jurídica sem explicação.
Não implica necessariamente ilegalidade — refere sobretudo à influência política na elaboração e aplicação das normas.

Após a recente mudança na legislação que favorece certos grupos, muitos comentaram: «Quem governa, faz a lei».
Numa assembleia onde a maioria aprovou regras a seu favor, alguém observou de forma seca: «Quem governa, faz a lei.»
Quando o conselho da empresa alterou o regulamento sem consultar os trabalhadores, ouvi‑se a crítica: «Isto é um bom exemplo de 'quem governa, faz a lei'.»

Quem tem o pão, tem o poder (variações que ligam recursos ao poder)
A justiça dos vencedores (adágio sobre a parcialidade das regras impostas pelos vitoriosos)
O poder corrompe (máxima sobre os efeitos do poder absoluto)

A lei deve ser imparcial e aplicada a todos, independentemente de quem governa.
Em democracias estáveis, há mecanismos (tribunais, separação de poderes, opinião pública) que limitam a capacidade de um governante 'fazer a lei' ao seu arbítrio.
Quem elabora a lei também pode ser responsabilizado por ela — nem sempre o poder garante impunidade.