Quem se governa com a picha alheia nunca se governa quando quer
Quem depende do poder, dos meios ou da vontade de outrem perde a liberdade de agir quando pretende.
Versão neutra
Quem se governa pelo poder alheio nunca se governa à vontade
Faqs
- Qual é o sentido deste provérbio?
Significa que quem depende do poder, influência ou meios de outra pessoa não terá liberdade para agir conforme a sua vontade. - A palavra «picha» é ofensiva?
Na língua contemporânea portuguesa «picha» tem um sentido vulgar. No provérbio é imagem de controlo, mas convém evitar em contextos formais e preferir variantes neutras. - Posso usar este provérbio no trabalho?
Depende do contexto e do registo. Em ambientes formais é preferível usar a versão neutra («poder alheio», «vara alheia») ou explicar a ideia sem a expressão vulgar. - Há contextos em que depender de outrem é aceitável?
Sim. Parcerias, mentorias e financiamento podem ser úteis se houver regras claras para preservar autonomia ou acordos que permitam recuperar controlo.
Notas de uso
- Expressa um aviso contra a dependência de autoridade, influência ou recursos alheios.
- A palavra «picha» tem uma carga vulgar/coloquial na língua moderna; no provérbio funciona como imagem de instrumento de controlo.
- Recomendado substituir por variantes neutras em contextos formais (ex.: «vara alheia», «poder alheio»).
- Usa-se para discutir autonomia política, liderança, decisões empresariais ou relações pessoais de dependência.
Exemplos
- Numa reunião de direção, Pedro percebeu que, ao aceitar as condições do investidor, estava a governar-se pelo poder alheio e perderia capacidade de decisão.
- Diz-se muitas vezes: 'Quem se governa com a picha alheia nunca se governa quando quer' — ou, dito de forma neutra, quem depende dos recursos dos outros não decide sozinho.
Variações Sinónimos
- Quem se governa com a vara alheia nunca se governa à vontade
- Quem se governa pela influência alheia não governa quando quer
- Quem vive sob o poder de outrem não é livre para decidir
Relacionados
- Mais vale andar só do que mal acompanhado (valorizar independência)
- Quem dá o que não tem, perde o que tem (cuidado com dependências)
- Não te deixes governar por interesses alheios (autonomia nas decisões)
Contrapontos
- Nem sempre usar apoio ou recursos alheios é negativo: parcerias e delegação podem ser necessárias e úteis.
- A dependência temporária pode ser estratégica (por ex., financiamento inicial), desde que existam salvaguardas para recuperar autonomia.
- A crítica do provérbio aplica-se sobretudo quando não existe controlo recíproco nem limites claros.
Equivalentes
- inglês
He who rules by another's hand will never govern as he wishes (or: Those who depend on others' power lose their freedom to act). - espanhol
Quien se gobierna con la vara ajena nunca se gobierna a su gusto. - francês
Qui se gouverne avec la verge d'autrui ne gouverne jamais à sa guise.