Quem herda, não furta.
Afirma que receber bens por herança é um acto legítimo e não equivale a roubo.
Versão neutra
Quem recebe por herança não comete furto.
Faqs
- O provérbio tem valor legal?
Não. É uma expressão popular sobre legitimidade moral/convencional. Questões legais sobre heranças dependem de testamentos, leis e eventuais litígios. - Quando é apropriado usar esta expressão?
Em contextos informais para justificar ou defender quem recebeu bens por herança; também pode ser usada ironicamente para criticar ou pôr em causa essa justificação. - Implica que herdar é sempre justo?
Não. O provérbio simplifica a ideia de legitimidade, mas não aborda desigualdades, circunstâncias morais ou legais que possam tornar uma herança controversa. - É ofensivo ou sensível usar este provérbio?
Geralmente não é ofensivo, mas pode provocar desconforto quando toca em assuntos familiares, riqueza ou injustiça social. Usar com cuidado em debates sensíveis.
Notas de uso
- Usado para justificar ou defender o direito de um beneficiário a bens recebidos por via hereditária.
- Pode ser empregado de forma literal (direito civil) ou irónica, quando se tenta justificar ganhos questionáveis.
- Não implica comentário jurídico sobre validade de testamentos ou contestações: herança pode ser legítima ou litigada.
- Registo: coloquial; apropriado em conversas familiares, opiniões informais ou argumentos morais simples.
Exemplos
- Quando lhe perguntaram se tinha tomado a casa do tio, respondeu: «Quem herda, não furta» para justificar que era um direito legítimo.
- Usou a expressão ironicamente: «Se é assim tão bom, quem herda, não furta», para criticar a distribuição desigual de bens na família.
- Num debate sobre justiça social, alguém contrapôs: «Mesmo que herde, isso não resolve as desigualdades», mostrando que o provérbio não elimina questões morais.
Variações Sinónimos
- Quem recebe por herança não rouba
- Herança não é furto
- O que vem por herança é direito
Relacionados
- Direito de propriedade
- Legitimidade da posse
- Discussões sobre heranças e justiça social
Contrapontos
- Herança pode ser objecto de litígio: receber por herança não exclui contestação legal.
- Nem toda herança é socialmente aceitável; a desigualdade gerada por sucessões pode ser criticada.
- Existem casos em que bens são apropriados de forma indevida dentro da família e depois justificados como «herança».
- Questões fiscais e legais (impostos, validade do testamento) podem afetar a legitimidade do que foi recebido.
Equivalentes
- inglês
He who inherits does not steal. - espanhol
Quien hereda, no hurta. - francês
Qui hérite ne vole pas.