Quem furta pouco é ladrão, que furta muito é barão.
Critica a dupla moral: pequenos crimes são punidos, enquanto crimes em grande escala por poderosos ficam impunes ou são tolerados.
Versão neutra
A sociedade castiga pequenos furtos, mas tende a tolerar ou não punir roubos em grande escala cometidos por pessoas influentes.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que existe uma percepção de dupla moral: pequenos roubos são criminalizados, enquanto delitos de maior dimensão cometidos por poderosos são tolerados ou até recompensados. - É adequado usar este provérbio em debates públicos?
Pode ser usado para criticar impunidade e desigualdade, mas é de tom carregado e irónico; convém contextualizar e evitar acusações infundadas. - Este provérbio apoia a criminalidade?
Não; é uma crítica social que denuncia desigualdades na aplicação da lei, não uma justificação para roubar.
Notas de uso
- Usado sobretudo em contextos críticos ou irónicos para apontar impunidade e desigualdade perante a lei.
- Registo informal; pode ser ofensivo para pessoas às quais se atribui poder ou riqueza ilícita.
- Frequentemente citado em debates políticos, jornalísticos ou em conversas sobre corrupção e justiça social.
Exemplos
- Ao comentar o caso de evasão fiscal dos dirigentes, o jornalista concluiu: «Quem furta pouco é ladrão, que furta muito é barão» para criticar a impunidade.
- Na reunião de moradores, alguém usou o provérbio para explicar por que achavam que as grandes empresas escapavam a responsabilidades: «Quem furta pouco é ladrão, que furta muito é barão.»
- Quando se discutiu a disparidade de penas entre um pequeno traficante e um alto gestor responsabilizado por fraudes, o professor disse que o provérbio ilustra um problema estrutural.
Variações Sinónimos
- Quem rouba pouco é ladrão, quem rouba muito é senhor.
- Quem furta pouco é ladrão; quem furta muito vira barão.
- Uma lei para os pobres, outra para os ricos.
Relacionados
- O peixe grande come o pequeno.
- Uma lei para os pobres, outra para os ricos (dito popular).
- A justiça é para quem pode pagar (dito crítico).
Contrapontos
- O sistema judicial ideal aplica a lei a todos, independentemente do estatuto ou riqueza.
- Generalizar pode invisibilizar casos em que ricos são sancionados e pobres beneficiados por medidas sociais.
- A afirmação pode desvalorizar esforços de combate à corrupção e reformas institucionais em curso.
Equivalentes
- inglês
He who steals little is a thief; he who steals much is a lord. / One law for the rich and another for the poor. - espanhol
El que roba poco es ladrón; el que roba mucho es señor. - francês
Qui vole peu est voleur, qui vole beaucoup est baron.