Quem furta uma vez, é ladrão.

Quem furta uma vez, é ladrão.
 ... Quem furta uma vez, é ladrão.

Afirma que um ato de furto identifica permanentemente a pessoa como ladrão; usado para marcar a gravidade e as consequências morais e sociais de um roubo.

Versão neutra

Um acto de furto leva muitas pessoas a considerar alguém como ladrão.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Significa que a prática de furtar é vista como marca de carácter, levando as pessoas a rotular quem furtou como ladrão.
  • Posso usar este provérbio num contexto formal?
    É mais adequado em registos coloquiais ou moralizadores. Em contextos formais ou jurídicos é preferível expressar-se com precisão e evitar rótulos absolutos.
  • O provérbio é correcto do ponto de vista legal?
    Não. Legalmente, um acto de furto é um crime subjecto a investigação e julgamento. O provérbio refere-se a juízos sociais e morais, não a procedimentos legais.
  • Existem argumentos contra este provérbio?
    Sim. Argumenta-se que estigmatiza, não reconhece circunstâncias atenuantes nem a possibilidade de arrependimento e reabilitação.
  • Qual o tom usual ao usar esta expressão?
    Condenatório e advertidor; pode ser usado para justificar desconfiança ou sancionar moralmente alguém.

Notas de uso

  • Tom: moralizador e condenatório; frequentemente usado para advertir ou justificar desconfiança.
  • Contextos: educação moral, conversa informal, comentários sobre reputação; não é uma afirmação jurídica.
  • Registo: coloquial/popular; pode ser percebido como estigmatizante se aplicado sem nuance.
  • Implicações legais: um furto constitui crime, mas o provérbio trata da avaliação social do ato, não do processo legal nem da possibilidade de reabilitação.

Exemplos

  • Os vizinhos não confiaram mais no empregado depois do episódio; para eles, quem furta uma vez, é ladrão.
  • Os pais advertiram o filho: «Se fizeres isso, as pessoas vão pensar que és ladrão» — uma aplicação prática do provérbio.

Variações Sinónimos

  • Quem rouba uma vez, rouba sempre.
  • Uma vez ladrão, sempre ladrão.
  • Quem furta uma vez, não deixa de ser ladrão.

Relacionados

  • Qui vole un œuf, vole un bœuf (francês) — quem rouba um ovo rouba um boi; ideia de tendência a agravar-se.
  • Quem semeia ventos colhe tempestades — acção tem consequências (mais geral).

Contrapontos

  • Não considera excepções: desistência, coerção, necessidade urgente ou erro de julgamento.
  • Não distingue acto isolado de comportamento repetido; não é sensível à reabilitação ou mudança de comportamento.
  • Juridicamente, uma acusação não equivale a condenação; a expressão simplifica processos legais e sociais complexos.

Equivalentes

  • Inglês
    Once a thief, always a thief.
  • Espanhol
    Quien hurta una vez, ladrón es.
  • Francês
    Qui vole un œuf vole un bœuf.