Quem muito estima coisas pequenas, nunca fez nenhuma grande

Quem muito estima coisas pequenas, nunca fez nenhu ... Quem muito estima coisas pequenas, nunca fez nenhuma grande

Valorizar excessivamente coisas ou ganhos insignificantes impede a realização de feitos maiores; foco em pequenezas distrai da ambição e do risco necessário para grandes obras.

Versão neutra

Quem valoriza demais pequenas coisas dificilmente alcança grandes feitos.

Faqs

  • Quando se deve usar este provérbio?
    Usa-se para criticar uma atitude excessivamente focada em detalhes insignificantes que impedem iniciativas maiores — por exemplo, quando alguém prefere pequenas seguranças em vez de investir em projectos com mais potencial.
  • É ofensivo dizer isto a alguém?
    Pode ser interpretado como crítica à visão ou ambição da pessoa. É melhor usar com cuidado e em contextos em que se pretende provocar reflexão, não humilhar.
  • O provérbio incentiva a imprudência?
    Não necessariamente. A mensagem central é sobre equilíbrio: não se deve deixar que o apego a minudências inviabilize grandes objetivos, mas também não se deve ignorar a importância dos detalhes quando estes são fundamentais.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não foi fornecida uma origem específica; trata‑se de um provérbio que circula em variantes semelhantes em várias línguas e reflecte uma ideia comum sobre visão e mesquinhez.

Notas de uso

  • Tom admonitório: usado para criticar atitudes mesquinhas ou excessivamente prudentes.
  • Registo: pode ser usado tanto em linguagem coloquial como formal, mas soa mais proverbial e crítico num contexto sério.
  • Contextos comuns: trabalho, liderança, empreendedorismo, arte — quando se quer incentivar visão de longo prazo e coragem.
  • Cuidado: não deve ser usado para menosprezar a atenção a detalhes úteis ou a frugalidade responsável; aplica-se a casos de visão limitada.

Exemplos

  • O chefe criticou a equipa por se concentrar em ajustes de apresentação em vez de resolver o problema de fundo: “Quem muito estima coisas pequenas, nunca fez nenhuma grande.”
  • Se passas o tempo a poupar em detalhes e nunca arriscas em projectos maiores, vais perceber a verdade do ditado: quem muito estima coisas pequenas, nunca fez nenhuma grande.
  • Num debate sobre investimento, defendia-se que a empresa devia parar de cortar custos mínimos e investir em inovação — «não se pode viver à sombra do pequenino», disse, citando o provérbio.

Variações Sinónimos

  • Quem valoriza demais o miúdo, não faz o grandioso.
  • Quem se apega ao pequeno, perde o grande.
  • Quem muito olha o diminuto, não alcança o magnífico.

Relacionados

  • Quem não arrisca, não petisca (sobre necessidade de risco para recompensas).
  • Água mole em pedra dura tanto bate até que fura (sobre persistência para grandes feitos).
  • Não se faz uma obra grande sem ambição (tema da visão vs mesquinhez).

Contrapontos

  • Atenção ao detalhe pode ser essencial: em engenharia, medicina ou finanças, negligenciar o pequeno pode causar falhanços graves.
  • A frugalidade e a cautela evitam desperdícios; o provérbio não deve ser motivo para imprudência ou para desprezar a gestão responsável dos recursos.
  • Nem todos os contextos admitem grandes riscos; em situações de vulnerabilidade, valorizar pequenas seguranças é racional.

Equivalentes

  • es
    Quien estima mucho las cosas pequeñas, nunca hizo ninguna grande.
  • en
    He who esteems small things greatly has never done anything great.
  • fr
    Qui chérit trop les petites choses n'a jamais fait de grandes choses.
  • de
    Wer kleine Dinge zu sehr schätzt, hat nie Großes vollbracht.