Quem nada promete, nada deve.

Quem nada promete, nada deve.
 ... Quem nada promete, nada deve.

Se não se assumiu uma promessa, não existe obrigação decorrente dessa promessa.

Versão neutra

Quem não faz promessas não fica obrigado por promessas não feitas.

Faqs

  • Significa isto que nunca devo assumir responsabilidades?
    Não. O provérbio refere‑se especificamente a promessas explícitas; muitas responsabilidades surgem por função, contrato ou comportamento e não são anuladas por não prometer.
  • Posso usar esta expressão para recusar pedidos de amigos?
    Sim, mas com cautela: pode soar evasivo ou insensível. Explique motivos em vez de usar apenas o provérbio para manter relações de confiança.
  • Tem validade em contexto jurídico?
    Não é uma regra jurídica. Em direito, provas como mensagens, testemunhos ou contratos prevalecem sobre uma simples negação de promessa.
  • Quando é apropriado aplicar este provérbio?
    É apropriado ao justificar que não há obrigação por algo que nunca foi prometido, sobretudo em conversas informais. Evite usá‑lo como justificação para omissão de deveres claros.

Notas de uso

  • Usa-se para justificar a ausência de obrigação quando nunca foi feita uma promessa explícita.
  • Com frequência aparece em contexto informal e coloquial, por exemplo para declinar pedidos ou responsabilidades.
  • Tomar o provérbio literalmente pode servir de desculpa para inação — é sensato distinguir promessas explícitas de expectativas implícitas.
  • Não substitui obrigações legais ou contratuais: em direito, actos e comunicações podem criar deveres mesmo sem a palavra 'prometo'.

Exemplos

  • Quando lhe pediram ajuda para o fim‑de‑semana, ele respondeu que não tinha prometido nada e por isso não podia comprometer‑se.
  • Num projecto de equipa, dizer 'quem nada promete, nada deve' pode evitar assumir tarefas que não se tencionam cumprir — mas pode também prejudicar a colaboração.
  • No contexto legal, não chega dizer apenas 'não prometi nada' se houver mensagens ou acordos que demonstrem compromisso.

Variações Sinónimos

  • Quem não promete não decepciona.
  • Quem nada promete não tem contas a prestar.
  • Quem não dá garantia, não tem obrigação.

Relacionados

  • Prometer é empobrecer (tom crítico sobre promessas)
  • De boas intenções está o inferno cheio (boas intenções sem actos não contam)
  • Palavra dada é dívida (contraponto que valoriza promessas)

Contrapontos

  • Expectativas implícitas: em relações pessoais ou profissionais, a falta de uma promessa formal não elimina expectativas geradas por comportamento passado.
  • Responsabilidade profissional: funções e deveres podem criar obrigações sem promessa explícita.
  • Obrigação legal: contratos, e-mails ou acordos podem vincular alguém mesmo sem a palavra 'prometo'.
  • Ética e reputação: recusar prometer pode proteger‑lhe a curto prazo, mas prejudicar a confiança a longo prazo.

Equivalentes

  • Inglês
    He who promises nothing owes nothing.
  • Espanhol
    Quien no promete, nada debe.
  • Francês
    Qui ne promet rien ne doit rien.
  • Alemão
    Wer nichts verspricht, muss nichts halten.